Macacos do Bosque: causa de mortes seguem sendo investigadas, afirma Prefeitura de Belém

O procedimento deve apontar a confirmação ou exclusão da intoxicação alimentar dos animais da espécie macaco-de-cheiro

Gabriel Pires
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Em nota divulgada no início da tarde desta terça-feira (28), a Prefeitura de Belém informou que segue em andamento o exame que analisa o motivo da morte dos oito macacos encontrados mortos dentro do Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, no último dia 3 de junho. O procedimento, que está sendo realizado pela  Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), deve apontar a confirmação ou exclusão da intoxicação alimentar dos animais da espécie macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus).

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A Prefeitura ressaltou que a hipótese dos macacos terem sido envenenados por alimentação indevida ainda não foi desconsiderada. A Delegacia de Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) e a Polícia Científica do Pará prosseguem com a investigação dessa  e de outras possibilidades.

No último dia 14 de junho, o Instituto Evandro Chagas (IEC), ligado ao Ministério da Saúde, descartou a possibilidade de infecção por vírus. Ainda segundo a nota divulgada pela Prefeitura de Belém, o IEC está utilizando outras técnicas para tentar descobrir agentes infecciosos ainda não identificados. Juntamente ao instituto, o Centro Nacional de Primatas (CNP) começou a fazer pesquisa de parasitoses em macacos vivos. 

Para fazer um balanço da situação dos óbitos e as causas, além da conclusão dos laudos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) se reuniu, recentemente, com os pesquisadores do IEC, CNP, Centro de Controle Zoonose (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Ufra e Delegacia de Meio Ambiente e Proteção Animal.  

Relembre o caso

Os macacos foram encontrados mortos, na manhã do dia 3 junho. A informação foi confirmada pela direção do espaço, durante entrevista coletiva no mesmo dia. O fiscal Moisés Cunha foi quem encontrou os animais. Um primeiro grupo com quatro macaquinhos foi localizado por volta das 10h; o outro ao meio-dia.

“A gente acredita que eles tenham morrido na madrugada, porque os corpos estavam novinhos. Não estavam em decomposição. Em 14 anos trabalhando aqui, nunca tinha visto. A gente fica preocupado, apreensivo”, explicou Cunha.

Até que o resultado do laudo sobre as investigações seja concluído, o Bosque Rodrigues Alves continua fechado para o público. 

(Gabriel Pires, estagiário sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)

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