Caso Prix: influencer paraense consegue transferência do PSM da 14 após mobilização nas redes
Prix deve ser transferido para o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos ainda nesta segunda
Os familiares e amigos do influenciador digital paraense Marcio Rodrigo Lima, conhecido nas redes sociais como Prix, internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Pronto Socorro Municipal (HPSM) Mário Pinotti, localizado na travessa 14 de Março, no bairro do Umarizal, em Belém, usaram as redes sociais, nesta segunda-feira (8), para denunciar as condições da unidade e as dificuldades enfrentadas para transferência do paciente para outro hospital, já que no PSM não há a medicação necessária para o tratamento do jovem. Após a mobilização virtual, os familiares conseguiram a liberação e aguardam a transferência para o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, na avenida Augusto Montenegro, o que está previsto para ocorrer ainda na noite desta segunda.
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A irmã de Marcio, Samira Guedes, relata que o dia foi de aflição por conta do descaso enfrentado no PSM. “Ele já está precisando dessa medicação há algum tempo, só que a gente não conseguia a transferência porque o hospital não liberava o número do Sisreg [Sistema de Regulação]. Recorremos a todos os meios possíveis, mas a gente não conseguia nem falar com os responsáveis lá”, diz.
Samira também conta que o irmão corre risco de vida se ficar sem o tratamento. Ele está internado há seis dias na unidade, com uma infecção generalizada, segundo a irmã, resultado de um erro médico. “Ele tratou uma infecção urinária, mas depois começou a sentir dor e procurou o PSM da 14. Lá, na mesma hora fizeram os exames e já operaram ele para retirar o apêndice, só que depois de três dias foram ver e o intestino dele estava perfurado. Tudo que está acontecendo foi erro médico”, completa.
Nas redes sociais, familiares e amigos do influencer também denunciaram as péssimas condições na estrutura do hospital: “O hospital não tem estrutura nenhuma, eles não sedaram o meu irmão. Por causa do medicamento, ele ficou grogue e tiveram que amarrar ele na cama para fazer o procedimento. Isso em um ambiente sem medicação, sem luva, sem ar-condicionado… Imagina ficar seis dias sem beber e sem comer, só no soro e no calor. Imagina ele, no calor de Belém, com a barriga aberta com sonda, a bolsa de colostomia, enfim… Um descaso desumano”, afirma.
Após a repercussão do caso e a liberação da transferência pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), equipes da prefeitura ainda teriam mandado os familiares e amigos do paciente apagarem as postagens de denúncia das condições do PSM. “Todo mundo falou que não vai apagar, porque procuramos eles, tentamos de todas as formas falar com com o responsável, até mesmo lá no Pronto-Socorro, para conseguir a numeração para fazer a transferência dele e eles fizeram ‘pouco caso’. Imagino quantas pessoas não morrem por não ter essa rede de apoio. Se não fosse toda essa esse barulho que os amigos dele fizeram, eu não sei o que seria dele. Eu acho que nem passaria dessa noite”, reflete.
A Redação Integrada de O Liberal solicitou posicionamento da Sesma e da Prefeitura de Belém sobre as denúncias, e aguarda um retorno.
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