Faixa de pedestres apagada coloca em risco quem passa pela travessa Mauriti, na Pedreira, em Belém
Esse trecho crítico está localizado no cruzamento com a avenida Pedro Miranda, um local bastante movimentado e perto da feira
A faixa de pedestres localizada na travessa Mauriti, na esquina com a avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, em Belém, está apagada. E quem passa pelo local denuncia que os condutores de veículos não respeitam os pedestres, o que pode causar acidentes. Até porque aquele cruzamento, que fica ao lado da feira, é bastante movimentado: veículos particulares e motocicletas passam por ali a todo momento.
Naquele cruzamento há um semáforo. Só que, quando o sinal abre, e o motorista vai entrar na Mauriti, ele já sai em cima da faixa de pedestre, no mesmo momento em que as pessoas tentam passar pelo local. O risco é maior para as pessoas idosas e com dificuldade de locomoção.
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel), no ano de 2024, foram registradas 3.433 infrações relacionadas ao desrespeito ou à transitação indevida sobre a faixa de pedestres. Em 2025, 396 infrações ocorreram e foram noticiadas. "O órgão reforça que essa prática configura uma infração prevista no artigo 206, inciso II, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sendo classificada como infração grave, com uma multa de R$ 195,23 e a aplicação de cinco pontos na CNH", afirmou.
Além disso, a Segbel destacou que deu início ao programa de revitalização das faixas de pedestres na cidade, e, até o momento, mais de 80 vias já receberam o serviço. "O projeto continua em andamento, com base em estudos técnicos que identificam os locais mais críticos que necessitam de revitalização", disse.
Denúncia
O vendedor Pedro Monteiro, 63 anos, sempre passa por aquele cruzamento no bairro da Pedreira. A reportagem percebeu a dificuldade que ele teve para atravessar a rua. “Todo tempo é isso. A faixa está apagada. Não tem quase nada (de pintura)”, contou. Ele afirmou que é preciso redobrar o cuidado ao fazer essa travessia. “Se você não tiver uma atenção numa esquina dessa, fica sujeito a um terrível acidente”, afirmou. “Aqui é carro, é moto, é bicicleta. Tudo se mistura”, completou.
Pedro afirmou que, se a faixa estivesse devidamente pintada, “ajudaria um pouco”. Mas ele também aponta outro problema que, talvez, seja o principal: o respeito às leis de trânsito e, portanto, às pessoas. “A falta da consciência da coletividade, que não respeita o transeunte”, disse. Ele afirmou que, pouco antes, em outro ponto da avenida Pedro Miranda, teve um problema no trânsito. “Eu estava atravessando na Vileta. Pela lei de trânsito, quando o pedestre está atravessando, o motorista tem que esperar o transeunte passar para, depois, seguir. Só que, se você não sair, o cara passa por cima de você. Aconteceu isso comigo agorinha. Antes de atravessar, você tem que medir se vai dar tempo, porque eles não respeitam”, reclamou.
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Pedro Monteiro também defende que haja mais fiscalização, com a presença de agentes de trânsito nas ruas da cidade, sobretudo nestes pontos de muito fluxo de veículos. Rafael Alves Serrão, 38 anos, vende chopp (picolé de fruta) pelas ruas do bairro da Pedreira. O fato de a faixa de pedestres estar apagada prejudica ele. “Prejudica demais, meu amigo. Eu trabalho vendendo chopp e pão caseiro venho com um carrinho. Então fica muito complicado atravessar aqui”, disse. “Não somente para mim, mas também para senhores de idade, crianças. Realmente é muito prejudicial”, contou.
Rafael disse que, antes de atravessar a faixa de pedestres, olha para todos os lados. “Olho para um lado e para o outro constantemente. Mas, mesmo assim, isso não funciona em nada, porque quase todo dia, aqui e ali na outra esquina também, tem muito acidente”, afirmou. Rafael afirmou ainda que aquele trecho da avenida Pedro Miranda é bastante movimentado. “De manhã e à tarde também”, completou. Ele afirmou que, além da faixa de pedestre ser pintada novamente, deveria ter, naquele ponto, um agente de trânsito para orientar o fluxo de veículos. “Porque, se continuar assim, vai ser realmente difícil para todos nós”, completou.
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