Escolas de samba se unem durante arrastão cultural em Belém

O ato foi organizada com objetivo de mobilizar as escolas e a população já visando o carnaval de 2023

Laís Santana
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Na manhã deste domingo (29), a avenida Presidente Vargas, em Belém, foi tomada pelo arrastão cultural organizado pela escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná, em parceria com as escolas Quem São Eles, Matinha, Os Colibris, Xodó da Nega e Acadêmicos da Pedreira. A manifestação chamou atenção da população para a importância cultural do carnaval na cidade, especialmente após o período de dois anos em que as festas estiveram suspensas devido à pandemia de covid-19. 

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A atmosfera da festa popular foi sentida ao longo de todo o percurso, que saiu da Escadinha do Ver-o-Peso até a praça Batista Campos, puxado pelas agremiações carnavalescas, que levaram para as ruas do centro da capital seus cantores, baterias, passistas, baianas e porta-bandeiras.

"Confesso que quando cheguei aqui fiquei super emocionado quando eu vi todo esse povo. Nós estamos três anos sem esse carnaval maravilhoso e que pra mim é a oitava maravilha do mundo. O povo não pode ficar sem carnaval, o carnaval de Belém já foi considerado o segundo melhor carnaval do Brasil e essa nossa luta é para que tenha união entre as escolas para que a gente volte a ocupar esse lugar. Em 2023 nós vamos fazer um grande carnaval", garante Jackson Santarém, presidente da escola Rancho Não Posso Me Amofiná e coordenador do arrastão cultural juntamente com Waldir Fiock. 

A porta-bandeira da escola Quem São Eles, Brenda Calandrine, de 18 anos, faz parte da agremiação há 14 anos e afirma não ter lembranças ao longo da vida sem o carnaval. "Eu comecei com quatro anos, então o carnaval pra mim é tudo, é onde eu tenho vários amigos e pessoas que eu considero da minha família também."

Na opinião da jovem, participar da manifestação cultural representa felicidade e resistência. "É muito importante a gente estar aqui e demonstrar o nosso ponto de vista sobre a cultura, que é muito importante para o país. E felicidade porque são dois anos sem carnaval, não vejo a hora de voltar a acontecer", declarou a porta-bandeira. 

Há três anos, Victor Cardoso, de 22 anos, compõe a bateria da escola da Matinha, tocando o surdo de terceiro. Para ele, o carnaval é sinônimo de alegria e muita dedicação, motivo pelo qual disse que não poderia deixar de participar deo arrastão. "Estamos aqui para sacramentar a importância do carnaval, é uma festa que, além do lazer e da diversão, gera emprego e renda, tanto para o Pará quanto o Brasil. Por isso, já fica o convite para o carnaval do ano que vem", afirma. 

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