‘Carnaval foi cancelado, mas as escolas de samba não param’, defendem carnavalescos
Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, anunciou nesta terça-feira (30) o cancelamento do Carnaval 2022 e do Réveillon na capital
A notícia do cancelamento do Carnaval 2022, em Belém, anunciada na tarde desta terça-feira (30) pelo prefeito Edmilson Rodrigues, foi recebida com surpresa e dividiu opiniões entre os representantes das escolas de samba da capital. Para o presidente da Liga das Escolas de Samba de Belém (ESA) e da Embaixada de Samba do Império Pedreirense foi um impacto muito grande receber o anúncio através da imprensa.
“Todas as escolas de samba queriam fazer o Carnaval. Já vamos para dois anos sem ele”, lamentou. “Nós já estávamos entre cinquenta e setenta por cento de nossas produções prontas. Estávamos na metade dos ensaios, das alegorias”, continuou.
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Apesar da decisão negativa para as escolas de samba, Paulo não enxerga o cancelamento como prejuízo. “O que já foi feito desse ano, nós vamos aproveitar para os próximos carnavais. O carnaval foi cancelado, mas as escolas de samba não param. As atividades vão continuar normalmente”, afirmou.
Na Império de Samba Quem São Eles, do bairro do Umarizal, o vice-presidente Luiz Carlos da escola disse que estava com uma esperança muito grande de que fosse haver Carnaval por conta do avanço da vacinação. “Mas entendemos que a vida precisa ser preservada. Temos que respeitar a decisão dos órgãos de saúde. Carnaval tem todo ano”, defendeu, ao afirmar também que a “escola não vai parar”.
“Todo sábado teremos nosso samba, para que a escola tenha sempre movimentação. Vamos implementar nossos projetos sociais, oficinas... A sede não para. Sem aglomerar, nós vamos continuar com nossas atividades, sempre com a consciência de que a vida dos nossos brincantes é mais importante”, avaliou.
“Como brincante, folião e amante do Carnaval, eu fico triste. Por outro lado, como médico, eu respeito a ciência e a vida. Somos favoráveis à decisão, porque a vida é o bem maior que nós temos”, afirmou Herlander Sílvio, imperador do Bloco Império Romano, que abriria o Carnaval, saindo às ruas de Belém no dia 25 de dezembro. “Já são cinquenta anos que nós abrimos o Carnaval no Brasil. O nosso preparo começa quando acaba o Recírio. Não vai ter desfile, mas vai ter respeito às decisões”, declarou.
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