Enem 2022: professor explica a importância de identificar últimos déficits antes da redação
Cronometrar o tempo em que todo o processo, até a finalização do texto, é feito é importante para não negligenciar as outras áreas do conhecimento
A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 está na reta final. Faltando três semanas, 199.843 inscritos que residem no Pará já sentem a aproximação das provas, que ocorrerão em duas etapas com um intervalo de duas semanas entre elas. Os números são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dentre as provas que serão realizadas no primeiro domingo de testes, 13 de novembro, a redação é uma das mais esperadas.
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Ela conta com um espaço de, no máximo, 30 linhas para o desenvolvimento. O texto deverá ser no formato dissertativo-argumentativo seguindo a proposta apresentada. O Enem é dividido em áreas do conhecimento com eixos temáticos específicos que delimitam o conteúdo abordado. Uma matriz de referência estabelece as competências e habilidades que serão avaliadas em todos os candidatos e é aliada a objetos que ajudam a direcionar com mais precisão os assuntos que serão cobrados.
A redação faz parte do primeiro bloco de provas. A dica fundamental dada pelo professor Dimitri Oliveira é que o aluno verifique qual eixo temático, que são assuntos chaves para cair no Enem, ainda não foi abordado durante os estudos. Analisar e entender em qual dessas áreas há déficit de repertório e subsídio para embasar os argumentos é a medida indicada para ser adotada.
“É principalmente para ele ver em quanto tempo ele faz uma redação, em quanto tempo está produzindo. Tanto na leitura dos textos motivadores, no rascunho e passar a limpo, quanto tempo ele está demorando para construir esse projeto de texto. É importante também que os alunos observem as questões sociais e as discussões públicas que estão sendo feitas, focando nas problemáticas que envolvem o país”, explica o professor.
Dar uma atenção especial à Competência 1 da matriz de referência do Exame é, ainda, um ponto indicado. “Geralmente, ela é a que tira mais ponto, porque fala da norma culta. O aluno tem que ter cuidado com o paralelismo sintático, erros de crase e regência. O Inep aceita até três desvios na redação, que seria um de erro sintático e, no máximo, dois de palavras escritas de forma incorreta”, destaca.
O tema que será pedido para o desenvolvimentos dos textos é uma incógnita, mas se baseia em um eixo temático. Em 2021, foi sobre cidadania. A aposta desse ano é que o assunto envolva meio ambiente. “E esse é um dos que os alunos mais têm dificuldades de ter repertório para colocar. Eles têm que estudar e procurar por repertórios coringas que possam usar em diversos temas desses determinados eixos”, diz Dimitri.
Organização é peça essencial durante a prova
Seguir um esquema de organização no decorrer da prova é uma boa maneira de evitar fugir do tema da redação. Ler, elencar as palavras chaves, analisar os textos motivadores, pensar nas problemáticas que serão desenvolvidas e no repertório de cada uma delas faz parte do recurso que pode ser utilizado. Utilizar sinônimos e conhecer bem qual o direcionamento dado também é importante.
“Isso tudo antes do rascunho, porque quando ele começar a escrever a redação, ele vai saber exatamente sobre o que ele deve argumentar e vai ter em mente o problema e o repertório que vai utilizar. Então, ele vai escrever nesse discurso fechado, não vai fugir do tema. Ele montar esse projeto de texto antes de escrever o rascunho da maior organização”, orienta o professor.
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