Enem 2022: prova de linguagens exige leitura abrangente e cuidados com distratores

A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 está na reta final. Faltando três semanas, 199.843 inscritos que residem no Pará já sentem a aproximação das provas, que ocorrerão em duas etapas com um intervalo de duas semanas entre elas. O número é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dentre as provas que serão realizadas no primeiro domingo de testes, 13 de novembro, os testes de linguagens possuem grandes expectativas. 

O Enem é dividido em áreas do conhecimento com eixos temáticos específicos que delimitam o conteúdo abordado. Uma matriz de referência estabelece as competências e habilidades que serão avaliadas em todos os candidatos e é aliada a objetos que ajudam a direcionar com mais precisão os assuntos que serão cobrados. 

As 45 questões destinadas para a prova de linguagens são divididas da seguinte forma: 40 para língua portuguesa e 5 para língua estrangeira, inglês ou espanhol. O professor de português Francisco Guimarães ressalta que separar as perguntas e resolver primeiro as mais acessíveis é uma forma de trabalhar a questão emocional.

“A prova de linguagens é muito tranquila. Ela é composta de vários gêneros textuais. Cada item da prova apresenta um gênero, em que quem escreveu este gênero tem uma intenção para com o leitor, interlocutor. Basta, através da sensibilidade, percepção e competência, analisar essa intenção, sentir essa intenção do autor. Observar o comando e as alternativas, todas elas são plausíveis, ou seja, estão de acordo com o comando”, afirma Guimarães.

Um cuidado que deve ser levado em consideração é com os distratores. "Se você perceber que as alternativas são plausíveis por estarem de acordo com o comando da questão, você vai para cima dos distratores: de cinco alternativas, quatro são distratores, ou seja, não atendem a perspectiva do comando. Se no comando está perguntando sobre X, Y e Z, você vai atrás de uma alternativa que atenda essas necessidades”, aconselha o professor. 

Quanto mais exercícios, menos erros o aluno terá

Correr atrás do que ainda resta de dúvidas por meio de exercícios é uma alternativa. Francisco Guimarães diz que “se o aluno não tem uma boa habilidade e competência de leitura, tem que investir nessa questão, exercitando mais. O aluno que exercita está melhor preparado porque ele vai adquirir em cada questão resolvida mais experiência, cada questão que ele erra e procura saber porque errou, ele vai amadurecer”.

O professor supõe que os possíveis assuntos que serão abordados ao longo do teste dizem respeito ao momento vivido pelo país. “Depende do tipo de gênero, pode ser digital, literário, uma crônica, linguagem não verbal. Assim, é um teste de sensibilidade e percepção que você tem que ter. Os assuntos na prova de línguas são diversificados no sentido de observar vários tipos de linguagem e conteúdos”, pondera.