Desabamento: relembre outros casos emblemáticos que ocorreram em Belém
Caso de maior repercussão ocorreu na década de 1980, no qual mais de 40 pessoas morreram, incluindo uma criança de 5 anos
O desabamento de 13 sacadas de um prédio no bairro da Cremação, em Belém, assustou a população e ganhou enorme repercussão local e nacional na manhã deste sábado (13). Esta não foi a primeira vez que um desabamento de uma edificação de grande porte ocorreu na capital paraense. Outros casos emblemáticos já foram registrados em Belém em outros anos. Relembre:
Prédio Raimundo Farias
O caso mais emblemático de desabamento da capital paraense foi o do prédio em construção Raimundo Farias, localizado na rua Diogo Moia próximo à Doca de Souza Franco, no ano de 1987, matando mais 40 pessoas, entre operários e uma criança de 5 anos, que estava numa igreja evangélica ao lado do prédio. O caso levou muito tempo na justiça e prescreveu sem punição aos responsáveis.
Edifício Real Class
Um dos casos recentes foi o ocorrido no Edifício Real Class, em 2011, que estava em construção com mais de 30 andares, na rua Três de Maio, no bairro de Nazaré. A queda do prédio matou três pessoas. No momento da tragédia chovia muito em Belém. Posteriormente, laudos apontaram que houve um erro de cálculo, o que fez o prédio não suportar o vento forte.
Dos três mortos, dois eram operários da obra, e uma idosa da casa ao lado, soterrada pelos destroços do prédio. O edifício possuía mais de 100 metros de altura e estava em fase de acabamento. Os engenheiros responsáveis, Raimundo Lobato da Silva e Carlos Otávio Santos de Lima Paes, tiveram seus registros cancelados pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Pará (Crea-PA).
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Os engenheiros ainda responderam criminalmente pelas mortes. Em 2016, Raimundo Lobato da Silva foi condenado por homicídio culposo de três vítimas e lesão corporal de outra pessoa, com pena de três anos e 20 dias de detenção. A pena foi revertida em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de cinco salários-mínimos. O outro acusado, Carlos Santos de Lima, teve o processo julgado improcedente, com a alegação do juiz de insuficiência de provas contra o acusado.
Desabamento no Jurunas
Um dos casos mais recentes da capital paraense foi o desabamento de uma casa em construção no bairro do Jurunas. A casa de três andares estava sendo construída na rua Fernando Guilhon, próximo à Avenida Bernardo Sayão, quando caiu por volta das 9h, do dia 12 de fevereiro de 2022. Outras três residências foram atingidas, e uma delas também desabou. Na ocasião duas pessoas ficaram feridas sem gravidade. Os feridos foram um homem que passava pelo local no momento do desabamento e um morador de uma das casas vizinhas, que sofreu ferimentos leves.
Desabamento na Mauriti
No final de dezembro de 2021, na travessa Mauriti, no bairro do Marco, um edifício de três andares, caiu na noite do dia 27 atingindo duas casas. Uma família escapou segundos dos escombros invadirem o seu lar. Felizmente, a ocorrência não teve nenhum registro de vítimas ou feridos. Segundo os vizinhos, durante toda a noite pode-se ouvir estalos da construção. A obra havia condenada e por isso, trabalhadores estavam desmanchando o que já havia sido construído, mas sem nenhuma rede de proteção para evitar que esse tipo de acidente acontecesse. O corpo de bombeiros interditou a residência mais atingida. O desabamento deixou três famílias desabrigadas.
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