Chuvas diárias aquecem vendas de sombrinhas no centro comercial de Belém
“Choveu, vendeu”, disse um vendedor; preços desses acessórios aumentaram durante a pandemia
A temporada de chuvas diárias, neste começo de novembro, está aquecendo a venda de guarda-chuvas e de sombrinhas no centro comercial de Belém. “Choveu, vendeu”, disse o vendedor Aldo Corrêa Mendes, 45 anos.
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Ele vende esses produtos na calçada em frente à agência do Banco do Brasil, na avenida Presidente Vargas, esquina com a rua Santo Antônio, no bairro da Campina. Mas, assim como outros vendedores, reconhece que as vendas não são melhores porque aumentou o preço desses acessórios. Aldo trabalha naquele ponto há cinco anos, mas tem 30 de centro comercial.
“Quando começa a chover é que o pessoal começa a comprar”, afirmou. Dependendo do modelo, o guarda-chuva custa R$ 20. E a sombrinha, R$ 30. O vendedor disse que os preços aumentaram por causa da pandemia. “Talvez tenha sido a pandemia, porque esses produtos são importados, né?'', comentou.
"Lá vem ela, papai", diz vendedor ao oferecer sombrinhas
Para atrair a clientela que, apressada, passa por aquela área, Aldo faz seu “comercial”: “Olha o sombrinhão. Vai chover. Lá vem ela, papai. Tem de R$ 20, tem de R$ 30”. Ele afirmou que, quando começa a chover, “sai correndo nas portas dos bancos ou fica rodeando o comércio todinho” para vender para os clientes que são surpreendidos com a chuva.
“Melhorou depois que começou a chover. Estava fraco”, completou Aldo, que fica naquele ponto de 8 às 18 horas. As mulheres são as principais compradoras e levam para casa sombrinhas. Quando está bom o movimento, ele vende de 30 a 40 sombrinhas por dia.
"De sexta-feira pra cá melhorou por causa das chuvas", diz outra vendedora
Cristiane Lima Melo, 43 anos, vende os mesmos produtos na calçada da rua Santo Antônio, próximo à avenida Presidente Vargas. “De sexta-feira para cá melhorou por causa das chuvas”, disse ela, na manhã nublada desta segunda-feira (7).
“Sábado a gente vendeu muito”, contou, faturando em torno de R$ 2 mil. A clientela é formada basicamente por mulheres. Mas Cristiane também disse que os preços subiram. “Olha, aumentou muito a sombrinha (que é a mais vendida). Aumentou demais. A que a gente vendia de R$ 10 agora é R$ 20. A de R$ 25 passou para R$ 30, R$ 35”, contou. O guarda-chuva passou de R$ 15 para R$ 25.
Ela acrescentou: "Para eu não 'perder', o que é de R$ 30 a gente bota R$ 28. Dá uma quebradinha e vai ganhando a clientela”, contou, acrescentando que, naquele ponto, trabalha há cerca de 30 anos. Ela trabalha das 8h30 até por volta de 19 horas.
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