Belém recebe curso de formação da Universidade das Quebradas, com destaque no brega

Aula inaugural na capital paraense ocorrerá neste sábado (15). Saiba como participar

O LIberal
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A temporada paraense do curso de formação cultural da Universidade das Quebradas começará no próximo sábado (15) em Belém e vai trabalhar o tema "Visualidades Amazônicas". Para essa iniciativa, a Universidade das Quebradas e o Instituto Odeon se unem ao Centro de Memória da Amazônia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), com foco na formação de jovens artistas a partir de 16 anos com interesse e trabalhos em diferentes linguagens: pintura, escultura, cerâmica, audiovisual, arte digital, arte urbana, bordado, música, novas mídias ou quadrinhos. O curso abordará a influência da música brega nas artes contemporânea. Confira os requisitos e inscreva-se neste link.

Com articulação para sua chegada ao Pará e patrocínio do Instituto Cultural Vale, além de patrocínio da Wilson Sons - com realização via Lei Federal de Incentivo à Cultura por meio do Ministério da Cultura - o curso acontece ao longo de quatro meses. O projeto visa trazer reflexão sobre a produção artística contemporânea local a partir das experiências amazônicas, além de estimular a criatividade de cada participante. São 45 vagas para jovens de regiões periféricas e o resultado das inscrições será divulgado em data a confirmar, no Instagram e no site do Instituto Odeon e da Universidade das Quebradas. Os participantes receberão uma bolsa de R$ 100 por mês.

Carlos Gradim, diretor presidente do Instituto Odeon, destaca a preocupação da instituição em democratizar a cultura. "Trazer a itinerância do projeto a Belém é de extrema importância para o Instituto, pois ao expandirmos o curso para outros locais, marcamos mais um passo significativo no desenvolvimento educacional na cultura brasileira", afirma.

Brega em foco

O curso abordará a influência da música brega nas artes contemporâneas. Entre os assuntos do cronograma, estão:

  • “Perspectivismo amazônico na modernidade brasileira”;
  • “Metodologia da história da arte não europeia”;
  • “Enredos artísticos na grande Belém”;
  • “Arte, cultura e festa na cidade: o circuito do brega em Belém do Pará – história, memória e transformações”;
  • “Arte, música e poesia no Arraial do Pavulagem: o boi-bumbá como cultura urbana”;
  • “Tecnobrega, beat maker, produção musical e arte da periferia”;
  • “Imagens da Amazônia na arte brasileira: do território a conquistar ao território a resistir”;
  • “Estética assombrada: um olhar sobre a produção artística contemporânea na Amazônia brasileira”;
  • “Acervos, coleções e exposições de arte no Sistema Integrado de Museus do Pará”;
  • “A arte contemporânea nos museus do Pará”, entre outros.

“A ideia é trazer uma possibilidade para que jovens artistas da periferia de Belém mostrem seu trabalho e aprendam com especialistas sobre o campo da arte, da cultura, do sistema de museus e de exposições”, afirma Aldrin Moura De Figueiredo, coordenador do curso em Belém e um dos palestrantes. “Mas, para além disso, é um espaço de afirmação de valores, de identidades e de concepções de culturas muitas vezes desprezadas por um saber altamente colonizado”, completa.

Outros professores participarão do projeto, como Heloisa Teixeira, Mauricio Costa, Gil Vieira Costa, Nayara Jinknss, Marisa Mokarzel, Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem), Pelé do Manifesto, DJ Waldo Squach, Afonso Medeiros, Dayse Ferraz, Pablo Mufarej, Michelle Queiroz, John Fletcher, Ivana Bentes e Keyna Eleison. 

Aulas aos sábados e certificado da UFRJ

O Visualidades Amazônicas será ministrado aos sábados, entre 14h e 17h, até setembro. Os alunos que concluírem o curso receberão certificado de participação - emitido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) -, desde que tenham comparecido a pelo menos 75% das aulas. Ao fim das aulas, os jovens artistas trabalharão juntos em uma exposição audiovisual.

Mais de 500 alunos já passaram pela Universidade das Quebradas, uma iniciativa criada em 2009 pela escritora e pesquisadora Heloísa Teixeira e por Numa Ciro. Em 2014, a Universidade passou a realizar o curso no Museu de Arte do Rio - durante a gestão do Instituto Odeon -, sendo o projeto, desde então, desenvolvido em parceria com a Escola do Olhar, área educativa do Museu.  

“O que mais a gente apontou e focou foi no sistema de troca de conhecimento, pois quando isso acontece, você também muda de perspectiva, você troca de subjetividades. A troca não é só de informação. Nosso projeto trabalha muito na linha do afeto, do reconhecimento, da integração entre as pessoas”, afirma Heloisa Teixeira, coordenadora e idealizadora da Universidade das Quebradas.

Para mais informações, entre em contato via e-mail: producaouqbelem@institutoodeon.org.br.

Serviço

Visualidades Amazônicas
Quando: aos sábados, das 14h às 17h
Local: Centro de Memória da Amazônia - Travessa Rui Barbosa, 491 - Reduto, Belém - PA
Duração: Junho a setembro

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