Especialista dá dicas de reparos para deixar a casa bonita para o Natal e para o novo ano

Desde o período do Círio cresce a busca por reformas para preparar a casa para os festejos de fim de ano

Luiz Cláudio Fernandes
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Para muita gente, os últimos meses do ano são o momento mais propício para colocar a casa em ordem, seja com uma boa faxina ou até mesmo com algumas reformas para deixar o ambiente ainda mais aconchegante e confortável. Além disso, 2021 e 2022 trazem mais um estímulo para as reformas, que é a permanência do sistema de trabalho remoto, uma transformação que alterou completamente a relação que as pessoas têm com seus lares.

Isso se reflete na demanda por reformas e reparos domésticos, que impulsionou o crescimento no setor de materiais de construção desde o ano passado. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a comercialização desses produtos teve uma alta de 11% no acumulado de 2020, e bateu recordes de uma série de crescimento iniciada em 2012.

Em municípios como Belém e Ananindeua é cultural começar em outubro, mês do Círio, uma busca desenfreada por reparos na casa. A busca se mantém em novembro e dezembro, impulsionada pelo suporte dado pelo 13º salário, explica o arquiteto Marcos Nascimento, que atualmente está com 12 grandes obras em Belém e 5 em Ananindeua. A demanda do escritório dele aumentou 40% desde o início de outubro.

image Em municípios como Belém e Ananindeua é cultural começar em outubro, mês do Círio, uma busca desenfreada por reparos na casa (Ana Dias)

“Geralmente o cliente quer tudo pra ontem. São situações relâmpago, é o efeito cenário, em que o cliente quer ver a sua casa toda pronta para o Natal, para reunir a família. Elas também querem aprontar tudo para o Natal porque no réveillon quase sempre elas viajam. E elas querem começar o novo ano com a casa renovada”,  explica.

Marcos diz ainda que, o que mais as pessoas buscam, é pintar a casa, mudar cortinas e objetos. “Os ambientes precisam de muita luminosidade e, alterando a pintura e os tecidos das cortinas, se resolvem problemas de iluminação. Além disso, numa cidade quente como a nossa, o sol entra pela janela e queima os móveis, então se faz o equilíbrio da luz com as cortinas para resolver o problema”, esclarece.

image Arquiteto Marcos Nascimento diz que, o que mais as pessoas buscam, é pintar a casa, mudar cortinas e objetos (Arquivo pessoal)

O especialista em tintas do Studio Tintas Fabio Maneschy explica que focar em trocar as cores do ambiente é uma forma de garantir a entrada do ano com casa nova. “A reforma mais barata é a pintura. Quando retocamos a cor do espaço e colocamos uma cortina nova fica outro lar, uma nova atmosfera”, aponta.

Outra busca que cresce nesta época do ano é por móveis complementares como uma mesa, poltrona e um adorno. “Os objetos fazem a diferença no espaço, eles dão um ar novo. Trocamos arranjos, ajustamos enfeites de Natal, tudo se renova em casa nesse período”, diz Marcos. 

O diretor da fabricante de cortinas Trilho Suisso, Denir Saraiva, conta que o crescimento das vendas foi de 30% desde o período do Círio. “Isso já é tradição. Desde o Círio as pessoas começam uma corrida desenfreada para ajeitar a casa para os festejos de fim de ano. Elas procuram cortinas, rolos, wave e tipos de tecidos que imitam linho e com leveza e caimento”, informa. 

Já a gerente da marca de móveis planejados Conceito & Design, Eleni Ramos, fala que a demanda não para de crescer desde outubro. “São muitos pedidos e nós tivemos de montar uma força tarefa para conseguir atender os prazos dos clientes e também dos arquitetos e designers das obras”, diz. 

image Gerente de loja de móveis planejados Eleni Ramos fala que a demanda não para de crescer desde outubro (Arquivo pessoal)

Mesmo no auge da pandemia reformas não pararam

Mesmo no auge do período pandêmico as pessoas não pararam de fazer intervenções na casa.  “Quando você fica muito tempo no espaço, você sente a necessidade de dar um ar novo ao seu lar, de renovar tudo. Além disso, é cultural as pessoas quererem mudar de casa para receber o novo ano”, explica Marcos. 

Para ele, os atendimentos não pararam. “Foi um período que trabalhei muito à distância. Inclusive eu fiquei surpreso. Fiz muitas teleconsultas e tocamos os ajustes em muitas casas e apartamentos”, informa.  


 

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