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Veja dicas de brincadeiras para auxiliar na diversão e desenvolvimento de crianças neurodivergentes

Exercitar de maneira divertida as habilidades que estão em déficit também promove melhorias na tolerância a diferentes estímulos, comunicação e bem-estar emocional

Bruna Lima e Maiza Santos

Com a aproximação do período de férias, as brincadeiras lúdicas para crianças com algum transtorno do neurodesenvolvimento auxiliam a manter a coordenação, linguagem e interação em qualquer lugar. Para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, exercitar de maneira divertida as habilidades que estão em déficit também promove melhorias na tolerância a diferentes estímulos, comunicação e bem-estar emocional. A psicopedagoga Flávia Silva lista algumas opções de jogos e lazer para realizar com os filhos neurodivergentes.

Ao viajar, ou mesmo em casa, ao realizar as brincadeiras é necessário analisar as opções, conforme as características e particularidades de cada criança. “Com as brincadeiras, as crianças desenvolvem diversas habilidades. Nas férias escolares, as crianças vão ficar em casa e um dos grandes desafios é o que propor para elas. Então uma sugestão seria levá-las para lugares ao ar livre, pracinhas, brincar livremente. Seja com bolas, brinquedos que você consiga levar, brincadeiras molhadas e em grupo. O ideal é deixar a criança se movimentar”, diz Flávia Silva. 

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image Imagem mostra adultos e crianças neurodivergentes brincando de futebol de tecido (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

Há várias opções de atividades com materiais encontrados em casa. No entanto, no caso de crianças autistas, que possuem sensibilidade, é necessário se atentar. “Tem algumas coisas que ele gosta muito de fazer, como pegar, tocar, cheirar, mas tem algumas que não. A criança autista não tem um padrão único. As texturas, o barulho, dependendo da dificuldade da criança, nós conseguimos trabalhar outros recursos. Uma das características do autismo, que costuma ser comum, é a interação social. Então é importante que essa criança esteja em contato com outras, em ambientes que tenham pessoas”, aponta a psicopedagoga. 

Brincadeiras

Conforme Flávia Silva, as melhores opções para crianças com transtorno do neurodesenvolvimento são brincadeiras ‘molhadas’. “As brincadeiras molhadas são as mais práticas. Tomar um banho de chuva ou encher balões de água. Brincadeiras cooperativas com bola, cabo de guerra, amarelinha e queimada. Para os bebês e crianças menores, dá para fazer brincadeiras sensoriais, com texturas. Usar uma panelinha, colocar areia, fazer a criança mexer. A maioria tem dificuldade de interagir, então é muito importante promover essa autonomia, interação, para socializar”, indica a especialista.

Flávia Silva dá o passo a passo para cada brincadeira.

Futebol de tecido: pegar um tecido grande, que pode ser um TNT, e fazer dois círculos em cada ponta. Pegar uma bola que tem em casa e explicar para as duas crianças sacudirem, até cada um dos times fazer o gol.

Corrida de saco: pegar um saco grande, pode ser sacola que tem na feira. A criança entra no saco e vai pulando, como se fosse a corrida.

Paraquedas: é semelhante ao futebol, só que é redondo. Corta o tecido de maneira arredondada e faz um buraco no meio. Coloca uma bolinha e a ideia é eles ficarem sacudindo o tecido para impedir que a bola caia no buraco.

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Diversão e cuidados

Lídia Rodrigues, dona de casa que é avó de Theo Ícaro, portador do TEA, explica quais atividades desenvolve com o neto nos períodos de férias, para mantê-lo produtivo em casa.

“Nos preocupamos em encontrar mais diversão pra ele, já que tem o período de férias escolares e também das terapias. Ele gosta de jogar bola, desenhar, pintar, então basicamente é isso. Levamos ele na pracinha para passear. Ele fica mais sociável e menos irritado quando faz isso. Desenvolve melhor, até mesmo a parte emocional dele, então isso é bastante importante”, diz Lídia.

Amanda Barbosa, mãe de Guilherme Barbosa, de três anos, portador de TEA, relata que o filho gosta de atividades lúdicas. Ela conta a rotina de brincadeiras para garantir que o menino tenha evoluções na comunicação. “Ele gosta muito de montar coisas com lego, pintar e, graças às terapias, brincar com outras crianças. Durante as férias, fazemos uma programação para levar no parquinho, no clube, essas ocupações que envolvam atividades que ele gosta. Nas brincadeiras, meu filho adquire conhecimento, consegue aprender cores, letras, números e ter integração com outras crianças, o que é importante no autismo”, assegura Amanda. 

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