Pará tem balanço positivo com políticas públicas que garantem renda para pessoas com autismo

Nay Barbalho, à frente da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), destaca iniciativas que integram economicamente pessoas com TEA

O Liberal
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Em um esforço inédito no Brasil, o Pará tem se destacado pela implementação de políticas voltadas para a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências no mercado de trabalho. Sob a liderança da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (CEPA), o estado lançou a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (PEPTEA), um marco intersetorial que aborda diversos aspectos da vida dessas pessoas, com enfoque especial em cinco eixos, incluindo o trabalho.

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Nay Barbalho, coordenadora da Cepa, destaca que, desde o início da atual gestão, iniciativas significativas têm sido realizadas para empoderar e integrar economicamente pessoas com autismo. Um dos pilares dessa estratégia é a Feira de Empreendedorismo Inclusivo, um evento mensal realizado no Porto Futuro que se tornou um ponto de encontro para empreendedores com TEA. Ao longo de suas dez edições, a feira movimentou aproximadamente R$ 100 mil, oferecendo visibilidade e oportunidades de renda para os participantes.

“A feira mostrou o potencial empreendedor dessas pessoas na capital, é um evento fixo, faz parte do calendário. Agora estamos desenvolvendo ações na mesma forma para acontecer em outras regiões do estado, ou até mesmo uma feira itinerante”, diz a coordenadora.

image Feira do Empreendedorismo irá ser ampliada para outras localidades e pode ganhar versão itinerante (Foto: Divulgação)

O sucesso do projeto NorTEA também chama atenção nacionalmente. Em parceria com o Sebrae, o governo paraense capacitou 60 profissionais de Recursos Humanos na primeira edição, visando facilitar a contratação de pessoas com autismo e outras deficiências. Devido à sua eficácia, o projeto está se preparando para uma segunda edição, com a meta ambiciosa de capacitar 365 novos profissionais, ampliando ainda mais as oportunidades de inserção desses indivíduos no mercado de trabalho.

“Nossa primeira edição atuou junto aos profissionais de RH, pois entendemos que o entendimento do assunto por parte deste profissional é de extrema importância para a contratação e continuidade de pessoas com autismo nas empresas e que as empresas só têm a ganhar com isso”, diz Nay Barbalho.

image Lançamento do NorTEA, projeto que vai para sua segunda edição (Foto: Divulgação)

Barbalho ressalta que essas iniciativas não se limitam apenas ao aspecto econômico, mas também promovem conscientização e visibilidade para questões antes negligenciadas. "Somos pioneiros na criação de políticas públicas específicas para pessoas com autismo no país. Geramos conscientização e estruturamos um setor que antes era carente de apoio", afirma, enfatizando o compromisso contínuo do governo paraense com a inclusão e o bem-estar desses cidadãos.

“Com um olhar holístico e uma abordagem intersetorial, o governo do Pará não apenas abre portas para o mercado de trabalho, mas também estabelece um precedente importante para outras regiões do Brasil, mostrando que a inclusão efetiva é possível com políticas públicas bem delineadas e parcerias estratégicas”, diz a coordenadora.

Principais desafios

Encontrar um trabalho pode ser um desafio para os autistas. Mesmo que eles desenvolvam as suas potencialidades desde cedo, ainda há muita falta de informação e preconceito que podem barrar as chances de um autista conseguir um emprego e se manter no mercado de trabalho.

image Nay Barbalho, coordenadora da Cepa - Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Foto: Wagner Santana | Arquivo O Liberal)

Para conseguir um emprego, um adulto com autismo provavelmente passará por mais obstáculos, testes e avaliações do que as pessoas neurotípicas. Além disso, os sinais do autismo podem se tornar um empecilho em muitas situações relacionadas ao trabalho.

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