TSE multa políticos por relacionarem Lula ao caso Celso Daniel, mas ministros divergem
Ao anunciar voto, Kássio Nunes Marques disse que havia processos em aberto sobre o caso, mas Alexandre de Moraes negou: "isso já está encerrado"
Os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Mara Gabrilli (PSD-SP) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) foram multados em R$ 10 mil pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por publicações relacionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (SP) assassinado no ano de 2002. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (18), por maioria.
Em uma entrevista ao programa Jovem Pan News, Gabrilli declarou que Lula pagou para não ser apontado como “mentor do assassinato” de Celso Daniel. Flávio e Zambelli republicaram a declaração nas redes sociais.
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O julgamento marcou a estreia de Kássio Nunes Marques como ministro efetivo do TSE e, durante a sessão, o ministro teve um pequeno desentendimento com o presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, por causa do caso Celso Daniel. Kassio alegou que Gabrilli teria compartilhado um “depoimento pessoal”, e que havia um inquérito em tramitação sobre o caso. Ele defendeu que ela não fosse multada. "Não, não, (o inquérito) já havia sido encerrado há alguns anos. Eu inclusive era secretário de Justiça à época, foi lá atrás”, respondeu Moraes.
Porém, Nunes Marques insistiu na afirmação e Moraes interveio: “Isso já está encerrado em São Paulo. Até porque não há ninguém com foro privilegiado em relação ao assassinato ocorrido em Santo André. Não consta que nenhum deputado ou senador tenha participado". Kassio, então, respondeu: "Não me reporto ao assassinato em si, e sim em aspectos que dizem respeito à relação do partido com o crime organizado e isso ainda havia tramitação e eu me recordo porque herdei esse processo do ministro Celso de Mello".
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