Tacla Duran sugere tornozeleira e retenção de passaporte de Moro por risco de fuga
Nesta quinta-feira, jornalista do Portal IG, citando fontes próximas ao senador, afirmou que Moro cogita renunciar ao mandato e sair do Brasil, após a cassação da Dallagnol
Após a notícia de que o senador Sérgio Moro (União Brasil) está cogitando renunciar ao cargo e sair do Brasil, para evitar uma possível cassação de mandato, como ocorreu com o deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), o advogado Rodrigo Tacla Duran sugeriu que o ex-juiz da Lava Jato use tornozeleira eletrônica e tenha o passaporte retido, como forma de impedir uma fuga. "Näo seria o caso de tornozeleira e retenção do passaporte, já que o Russo é investigado?", escreveu Duran, ao compartilhar a informação sobre Moro.
Citando fontes próximas ao senador, o colunista Daniel Cesar, do Portal IG, afirma que o Sérgio Moro cogita se antecipar a uma possível cassação de seu mandato e renunciar à vaga no Senado, em um movimento para se declarar perseguido político no Brasil. A ideia ganhou força após a anulação do registro de candidatura de Deltan Dallagnol, por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que resultou na cassação do mandato do parlamentar.
Quem é Tacla Duran
O advogado Rodrigo Tacla Duran prestava serviços para a Odebrecht no decorrer da Operação da Lava Jato e acusou procuradores de Curitiba que integravam a extinta força-tarefa de cobrarem uma espécie de “taxa de proteção” de eventuais alvos da operação para que eles não fossem denunciados. Ele ganhou notoriedade como desafeto do ex-juiz e agora senador Sergio Moro, que conduziu a Lava Jato entre 2014 e 2018, quando largou a carreira para assumir o Ministério da Justiça, a convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro (PL).
Moro decretou a prisão de Tacla Duran, após a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) acusar o advogado de usar empresas no Brasil e no exterior para lavar propinas supostamente pagas pela UTC Engenharia e pela Odebrecht e agentes públicos em troca de contratos com a Petrobras. O advogado chegou a ser colocado na lista de foragidos da Interpol, mas nunca foi preso.
Em resposta, Duran acusou publicamente Moro por suposta negociação de vantagens em delações premiadas no âmbito da operação.
O novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, derrubou o mandado de prisão preventiva contra o advogado na semana passada. Atualmente, Durante vive na Espanha.
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