Senadora Kátia Abreu chama Salles de 'bússola doida nos levando para o caos'
A senadora disse que o procedimento normal seria que Salles, que é alvo de investigação da Polícia Federal, se afastasse enquanto as investigações não terminam
A senadora Kátia Abreu (PP-AL) disse que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é uma "bússola doida nos levando para o caos" e cobrou medidas duras por parte do Senado. "O que o Senado Federal vai fazer? Vamos ficar esperando de braços cruzados se o presidente Jair Bolsonaro vai demiti-lo ou não? Sei que é prerrogativa dele, mas não podemos mais aceitar", afirmou.
A senadora disse que o procedimento normal seria que Salles, que é alvo de investigação da Polícia Federal, se afastasse enquanto as investigações não terminam. "O ministro foi acusado de tráfico de madeira, de proteger empresas, o sigilo telefônico e bancário foi quebrado e ele está com o telefone entregue à PF", disse.
Kátia Abreu disse que a temática do meio ambiente é uma das mais sensíveis para os negócios do País no exterior. "Por muito menos nós tiramos, ajudamos e apoiamos a retirada de um chanceler (Ernesto Araújo) que estava afundando o Brasil em cima de um iceberg. Nós estamos com outro ministro que também é uma bússola doida, igual uma biruta de aeroporto, nos levando para o caos", afirmou.
A senadora cobrou ainda um novo regulamento para que seja possível retomar o funcionamento das comissões permanentes da Casa em meio à pandemia. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, ela disse que há postos importantes no exterior, como Genebra e Rússia, que estão sem embaixadores. "Minha comissão não tem plano de trabalho aprovado e não tenho como fazer as sabatinas", afirmou.
Ela disse ainda ser favorável ao direcionamento de recursos para permitir o retorno às aulas para estudantes de forma segura e a vacinação dos professores, assim como a maior participação do governo e do Congresso para permitir a fabricação de imunizantes contra a covid-19 por laboratórios veterinários, em parceria com empresas chinesas. O texto já foi aprovado pelo Senado, mas ainda precisa do aval da Câmara.
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