Secretário de Meio Ambiente fala sobre a expectativa de sediar a COP em Belém
Mauro aponta um aumento na participação do Pará nos eventos da Cúpula, em relação a edições anteriores
Durante a participação na COP-28, em Dubai, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro Ó de Almeida, falou sobre as expectativas para sediar o evento, em 2025. Ele enxerga a participação na edição deste ano como uma oportunidade de observar a maneira como o evento acontece, com o intuito de agregar práticas para a realização da COP 30, em Belém.
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O secretário contou que, em relação aos anos anteriores, a delegação do Pará teve um aumento na participação dos eventos que fazem parte da agenda da Cúpula do Clima. Na COP 25, em Madri, a equipe paraense teria participado de apenas cinco eventos. Já neste ano, a delegação já soma 50 compromissos, entre eventos e reuniões bilaterais.
“Nós já tivemos reuniões com países, com instituições financeiras, com empresas multinacionais, os próprios eventos onde a gente apresenta os nossos planos e o que estamos fazendo”, aponta.
“Esse aumento é resultado da política e planos e programas que a gente tem feito no Brasil e no Pará”, diz. Dentre as atividades desenvolvidas pelo estado, Almeida citou o plano de bioeconomia, no qual o Pará é pioneiro, o plano de recuperação de vegetação nativa e a lei de pagamento de serviços ambientais. “Tudo isso representa um colchão de normas e políticas que precisam ser feitas para servir como base. Em qualquer lugar que a gente chega, uma instituição pergunta: ‘você tem plano? E quanto ele custa’. Pois bem, nós fizemos esse dever de casa durante esses quase cinco anos e agora estamos colhendo esses frutos”, acrescenta o secretário.
COP 30 no Pará
Ao falar das expectativas para o evento na capital paraense, o secretário disse ter observado alguns erros organizacionais que podem ser evitados na próxima edição e relata, ainda, a frieza no trato entre as instituições e organizações que estão participando do encontro, que reúne lideranças e representantes do mundo inteiro.
“Isso foi muito peculiar daqui, e eu acho que a gente tem essa missão para aprender. Nós sabemos fazer isso; alimentar muito bem o pessoal que vai participar da COP enquanto pavilhão, fazer com que essa parte de credenciamento ande mais rápido e ter, evidentemente, a hospitalidade que todas as pessoas que vão a uma COP merecem”, afirma.
Segundo o secretário, agora é a hora de implementar as práticas para a “Hoje o Pará quer ser inspirador em diversas frentes ambientais e climáticas, e está sendo. Eu espero que agora a gente entre em um ritmo de implementação. Agora é a hora de implementar, e aí a gente consiga captar os recursos que a gente pretende e faça a implementação dos projetos que a gente já tem planificado”, conclui.
(*Kamila Murakami, estagiária de jornalismo, sob a coordenação de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política)
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