Pressionado, Maduro pede conversa com Lula e telefonema deve ocorrer nesta quinta, diz portal

Países vizinhos reagiram às suspeitas de fraude nas eleições presidenciais, enquanto Brasil espera a divulgação das atas eleitorais para se manifestar

O Liberal
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O regime do presidente Nicolás Maduro pediu ao governo brasileiro, por meio do embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido ocorre em meio à pressão que o governo venezuelano tem sofrido de países vizinhos, em razão do questionado resultado das eleições presidenciais do país, no qual Maduro foi anunciado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Segundo apuração do portal de notícias da CNN, o contato telefônico entre os dois está previsto para ocorrer nesta quinta-feira (1º.08), ainda sem hora definida.

Até o momento, Lula não reconheceu o resultado anunciado no domingo (28.07). Ele tem afirmado que só irá reconhecer o resultado da eleição na Venezuela quando for consagrado que as atas eleitorais são verdadeiras, mas diz estar “convencido que é um processo normal, tranquilo". 

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Vários países já se manifestaram individualmente pedindo transparência do resultado. Porém, ainda de acordo com a CNN, o Brasil está negociando divulgar uma nota conjunta com Colômbia e México sobre o processo eleitoral na Venezuela. Assim como Lula, os presidentes Gustavo Petro (Colômbia) e André Manuel López Obrador (México) são líderes que ainda mantém interlocução com o regime de Maduro.

Em nota divulgada na noite de terça-feira (30.07), o Centro Carter, organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, afirma que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas. Já Conselho permanente da Organização dos Estados Americanos rejeitou na noite desta quarta-feira (31) - com 17 votos a favor da resolução, 17 abstenções, nenhum contra e 5 delegações ausentes - um projeto de resolução que ampliava a pressão sobre a Venezuela e Nicolás Maduro. O Brasil foi um dos países que se abstiveram. 

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