Preso, brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner não se arrepende de ação
Fernando Sabag Montiel disse que nervosismo fez a arma falhar. Ele apontou o revólver para o rosto da vice-presidente em setembro de 2022.
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, tentou matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no dia 1º de setembro de 2022. Nesta terça-feira (14), ele afirmou à imprensa que agiu sozinho e que não se arrepende do crime.
O ataque em setembro do ano passado, ocorreu quando Kirchner cumprimentava pessoas que faziam manifestação de apoio à ela na porta de sua casa. Montiel sacou o revólver e apontou para o rosto da política, mas a arma falhou.
"Em vez de tirar a trava, imagina o nervosismo de estar em um lugar e de puxar o ferrolho, puxei o trinco para trás e quando apertei o gatilho não saiu porque no meio de tanto tumulto, eu estava nervoso pela quantidade de pessoas’’, contou Fernando.
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Perguntado se estava arrependido, ele disse um enfático "não". Ele reforçou, no entanto, que cometeu o crime "por causa da situação do país". Montiel se misturou entre um grupo de apoiadores que aguardavam a vice-presidente, oito dias após o Ministério Público ter pedido sua condenação por corrupção.
"Eu fiz isso sozinho, eles estão inventando uma história, eu agi sozinho", afirmou Montiel, em tentativa de inocentar a namorada, Brenda Uliarte, 23, também presa pela tentativa de homicídio. "Brenda Uliarte não teve nada a ver com isso".
"Puxei o gatilho e o tiro não saiu, a arma tinha cinco balas", disse também Montiel detido no presídio de Ezeiza, em Buenos Aires. A Justiça considerou que o ataque foi planejado por Sabag e Montiel. Nicolás Carrizo, 27, também está preso.
Carrizo é amigo do casal e líder da chamada "banda de los copitos", vendedores ambulantes de algodão-doce, serviço que Sabag e sua namorada declararam de exercer. O caso do ataque contra Kirchner ainda está em fase de investigação antes de ser levado a julgamento. O procurador do processo, Carlos Rívolo, solicitou novamente perícias sobre o celular de Montiel, cujo conteúdo teria sido apagado por engano nas primeiras manipulações feitas pela polícia.
Cristina Kirchner pediu que a Justiça investigasse os mandantes do ataque, presumindo que Sabag era um mero executor que recebia ordens.
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