Planalto confirma nomes de ministros do centrão em reforma ministerial

Reforma ministerial faz parte da estratégia de Lula para estabelecer uma base sólida na Câmara

O Liberal
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O Palácio do Planalto oficializou nesta quarta-feira (6) por meio de uma nota que os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) serão nomeados ministros, marcando o desfecho de negociações para a entrada do Centrão no governo, um processo que teve avanços e recuos nos últimos dois meses.

Silvio Costa Filho, de 41 anos, assumirá o Ministério dos Portos e Aeroportos, sucedendo Márcio França, que será alocado no ministério das micro e pequenas empresas, uma nova pasta a ser criada. O deputado, conhecido como Silvinho, é filho de Silvio Costa, ex-aliado da ex-presidente Dilma Rousseff. Silvinho está em seu segundo mandato como deputado federal.

Por sua vez, André Fufuca, com 34 anos, assumirá o Ministério do Esporte em substituição a Ana Moser. Este será o terceiro mandato de Fufuca como deputado federal. Ele é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do PP, Ciro Nogueira, um crítico ferrenho do governo atual. Fufuca chegou a assumir a presidência do PP durante a licença de Ciro para ser ministro da Casa Civil de Bolsonaro, uma proximidade que desagradou parte dos deputados lulistas do PP.

Governo teve dificuldade para acomodar o centrão

Inicialmente, houve uma dificuldade considerável para o presidente Lula acomodar o Centrão no governo. No começo das negociações, Silvinho estava cotado para o Ministério do Esporte, mas o PP insistiu na pasta do Desenvolvimento Social, liderada por Wellington Dias, um aliado próximo de Lula. Somente há cerca de duas semanas, Dias consolidou sua permanência no cargo.

A reforma ministerial faz parte da estratégia de Lula para estabelecer uma base sólida na Câmara, uma vez que os partidos de esquerda elegeram um número reduzido de deputados em 2022, forçando o presidente a buscar alianças além de seu campo político.

Além disso, há expectativas no Congresso para uma reforma ministerial mais ampla entre o final de 2023 e o início de 2024, que pode incluir a readequação de ministros cujo desempenho tenha sido considerado insatisfatório pelo presidente.

A nota do governo não especifica o destino de Ana Moser, e as nomeações e posse dos novos ministros ocorrerão após o retorno do presidente Lula da Índia, onde participará da reunião do G20, embarcando na quinta-feira, 7 de setembro, após o desfile do Dia da Independência.

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