PGR pede que STF rejeite pedidos para investigar diretor-geral da PRF e ministros do governo
Parece afirma que pedidos de investigação não apresentam "elementos concretos e reais" de uma organização criminosa que atenta contra a democracia
No parecer apresentado nesta quinta-feira (17), a Procuradoria Geral da República defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite os pedidos de investigação da conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, envolvendo as eleições. As informações são do G1
A manifestação da PGR se refere aos pedidos de parlamentares e juristas para apurar a atuação de Torres e Vasques diante de duas situações que aconteceram nas últimas semanas, enquanto o pedido de afastamento do ministro da Defesa do cargo se baseou em supostas manifestações e comportamentos que colocariam em dúvida a lisura do processo eleitoral.
Para a PGR, os parlamentares e a associação não têm poder para fazer os pedidos apresentados à Corte. Além disso, os pedidos de investigação não apresentam "elementos concretos e reais" de uma organização criminosa que atenta contra a democracia.
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A Procuradoria também já havia se posicionado contra a inclusão do relatório feito pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre supostas irregularidades nas propagandas eleitorais veiculadas em rádios no inquérito que investiga a organização de milícias digitais - de acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, rádios deixaram de veicular ao menos 154 mil inserções da campanha de Bolsonaro.
Porém, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou os argumentos da campanha à reeleição por considerá-los inconsistentes e determinou que o caso fosse levado para análise do inquérito das milícias digitais. Já a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, entendeu que não há ligação entre o relatório das rádios produzido pela campanha do presidente com a investigação sobre as milícias digitais.
Para ela, também não houve crime e a campanha de Bolsonaro usou do direito de fazer pedidos no âmbito administrativo. O caso foi resolvido pelo TSE.
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