Moraes manda PF ouvir profissionais que supostamente vacinaram Bolsonaro
Ministro deu prazo de cinco dias para a tomada dos depoimentos
O ministro Alexandre de Moraes determinou prazo de cinco dias para que a Polícia Federal ouça, em depoimento, os profissionais de saúde que teriam vacinado o ex-presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19. Segundo dados do ConectSUS, duas doses da Pfizer foram aplicadas em agosto e outubro de 2022.
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Nesta quarta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão e o ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid, foi preso. A operação foi realizada porque há indícios de fraude nos dados no SUS.
De acordo com a Polícia Federal, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto. A fraude, segundo a PF, ocorreu em dezembro do ano passado, às vésperas da viagem do ex-presidente para os Estados Unidos.
As investigações apontam que Bolsonaro cedeu o próprio CPF para que os dados fossem manipulados em seu nome. Os dados falsos apontam que a imunização ocorreu em uma unidade de saúde de Duque de Caxias (RJ).
"Proceda, em no máximo 5 (cinco) dias, as oitivas dos profissionais que teriam aplicado as duas doses da vacina contra a Covid-19 no ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, identificados como DIEGO DA SILVA PIRES e SILVANA DE OLIVEIRA PEREIRA. [...] Identifique e proceda à oitiva de outros agentes com os quais os investigados tenham interagido”, trecho da decisão do ministro.
Assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten disse a jornalistas na tarde desta quarta-feira (3) que o ex-presidente só vai depor quando tiver acesso aos autos do processo. O ex-secretário não soube dizer se Jair Bolsonaro teve acesso ao cartão de vacina que, segundo a polícia, foi falsificado. Wajngarten evitou especular sobre como o presidente entrou nos Estados Unidos.
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