Pela primeira vez, Fies vai ter cotas. Inscrições abrem nesta quinta-feira (22/8)

Pela primeira vez, o Fundo de Financiamento Estudantil terá o sistema de cotas. Já a partir deste segundo semestre de 2024, o programa reserva vagas para candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além de pessoas com deficiência. As inscrições gratuitas começam nesta quinta-feira (22/8), e seguem até o próximo dia 27 deste mês.

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O Fies é financiado pelo Ministério da Educação para auxiliar, de modo escalonado, os estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas.

Nesta quarta-feira (21/8), o MEC divulgou o edital com as regras do processo seletivo neste segundo semestre. A abertura das inscrições, inclusive, estava atrasada, e isso gerou reclamação de estudantes.

MEC ainda não informou o número de contratos a serem financiados

Até então, o MEC não informou quantos contratos estarão disponíveis para este semestre. Os estudantes devem se inscrever pelo portal do programa. Como ocorreu no processo seletivo do primeiro semestre, há reserva para alunos pobres, o chamado Fies Social.

De acordo com o ministério, metade das vagas são destinadas a pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, inscritas no CadÚnico, o cadastro do governo para acesso a programas sociais. Essas pessoas também podem pedir o financiamento de até 100% dos encargos educacionais.

Cotas a partir desta edição

A pasta informou que a divisão de contratos deverá respeitar a proporção, registrada no estado de cada instituição de ensino, de pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além de pessoas com deficiência.

No processo seletivo, o candidato deverá selecionar até três opções de curso, indicando a ordem de preferência entre elas. O resultado será divulgado em 9 de setembro e a complementação da inscrição por parte dos pré-selecionados ocorrerá de 10 a 12 de setembro.

O financiamento de 100% das mensalidades foi retomado pelo governo Lula (PT) em fevereiro deste ano, para incrementar o Fies. O programa vem sendo enxugado ao menos desde 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), após descontrole de gastos com o programa.

No ano passado, primeiro ano do governo Lula, o número de financiamentos foi menor do que no fim da gestão Jair Bolsonaro (PL). Depois da etapa de inscrições, o MEC poderá fazer novas convocações por meio da lista de espera para preenchimento de vagas que eventualmente não tenham sido ocupadas. A chamada para este semestre tem previsão de ocorrer entre 16 de setembro e 29 de outubro.