Parlamentares de oposição pedem indiciamento e prisão de Gonçalves Dias
Ex-ministro teria prevaricado e falsificado documento público para encobrir supostas responsabilidades relacionadas aos ataques às sedes dos Três Poderes
Membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, opositores do governo, encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de indiciamento e prisão do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Eles alegam que G. Dias cometeu prevaricação e falsificação de documento público para encobrir supostas responsabilidades relacionadas aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília ocorridos naquela data.
Além do pedido de indiciamento e prisão, o grupo de opositores também solicita à PGR a quebra de sigilo telefônico e telemático do general G. Dias, bem como busca e apreensão em seus endereços. A decisão sobre a formalização desses pedidos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) caberá à PGR.
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Os parlamentares de oposição tomaram essa medida após não conseguirem obter apoio suficiente na CPMI do 8 de janeiro para decretar a prisão do ex-ministro. Em sua solicitação à PGR, eles comparam a situação de G. Dias com a de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que foi preso sob alegações de omissão ou complacência em relação aos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Opositores alegam que G. Dias cometeu condutas similares às de Anderson Torres
O grupo argumenta que, diante das alegações apresentadas, G. Dias teria cometido condutas similares às de Anderson Torres enquanto ocupava um cargo público, enfatizando a importância de que as instituições de fiscalização da aplicação das leis não adotem duplos critérios. O pedido à PGR também inclui imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, divulgadas pela CNN.
Os parlamentares também mencionam que outras autoridades do governo local foram alvo de medidas, como o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por aproximadamente 60 dias, e a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Augusto. Eles alegam que houve uma operação de responsabilização seletiva em relação ao governo do DF, destacando que as autoridades federais que falharam em suas atribuições também devem ser responsabilizadas.
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