'Não faço, jamais faria algo fora das quatro linhas constitucionais', afirma Bolsonaro
Ex-presidente nega participação em trama de golpe e cobra transparência da PF
O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais dele, na noite desta segunda-feira (25/11), e, na companhia de advogado e de integrantes do PL, negou qualquer participação em tramas de golpes contra o estado democrático de direito no Brasil.
Bolsonaro afirmou que vem sendo perseguido, ainda, que tenha atuado dentro da Constituição Federal, e acusou de parcialidade o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 'Não faço, jamais faria algo fora das quatro linhas constitucionais', disse Bolsonaro.
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"O mais importante que eu tenho a falar então é a participação do TSE para um lado. Ele (Lula) foi tirado da cadeia, foi 'descondenado' porque ele tinha três condenações e pela lei da ficha limpa não podia concorrer e acabou sendo presidente. Eu também estou inelegível porque me reuni com embaixadores", afirmou Bolsonaro, durante a entrevista.
Em evento realizado em 18 de julho de 2022, o ex-presidente atacou as urnas eletrônicas, afirmando, sem provas, de que elas não seriam seguras. Por esse episódio, ele foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Defesa de Bolsonaro cobra transparência no inquérito da PF
Na noite desta segunda-feira (25/11), a defesa de Bolsonaro criticou o fato do atual inquérito policial contra ele ser mantido em sigilo, e ao mesmo tempo a Polícia Federal anunciar na página da instituição, na internet, a lista com o nome dos indiciados.
O advogado afirmou que o ex-presidente jamais soube, concordou ou participou de qualquer trama para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O advogado lembrou inclusive que Bolsonaro foi cobrado pelo silêncio dele, logo após a vitória de Lula, em 2022. E afirmou que Jair Messias evitou falar justamente para não inflar qualquer reação mais agressiva ou violenta, e hoje está sendo acusado por isso.
"O TSE agiu de forma bastante parcial”, disse Jair Bolsonaro sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas duas últimas eleições, nos anos de 2028 e 2022. “Resumindo, eu não podia fazer absolutamente nada, não podia fazer live em casa não podia mostrar imagens do Lula defendendo o aborto, mostrar imagens do 7 de Setembro, a minha ainda ao funeral da rainha Elizabeth”, criticou ele, destacando outras situações que não pôde mostrar, porque teve suas redes sociais suspensas pela Justiça.
Ele disse que a campanha do TSE, de incentivo ao voto de jovens de 16 a 17 anos, o prejudicou. Para ele, a grande maioria dessa faixa etária vota no Partido dos Trabalhadores. “Essa garotada, e, especial, aquelas que foram tirar o título de última hora, vota no PT”.
‘Ninguém faz golpe de estado com pessoas com a bíblia debaixo do braço’, diz Bolsonaro
Sobre os atos de depredação dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, ele os desqualificou enquanto golpes. “Ninguém faz golpe de estado no domingo, em Brasília, com pessoas com Bíblia e bandeira do Brasil na mão, e usando estilingue e bolinha de gude.
E acrescentou: “ninguém dá golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais, absurdo tá se falando, da minha parte nunca houve discussão de golpe, se você vivesse falar de golpe comigo, eu ia dizer, o dia seguinte como é que fica? O mundo inteiro perante a nós, ninguém quer isso”.
O ex-presidente incentivou a população e os jornalistas a utilizarem a Lei de Acesso à Informação (LAI) para solicitar detalhes do inquérito 1361, de novembro de 2018, que, segundo ele, está classificado como confidencial até hoje. “Uma denúncia de fraude na minha eleição, por que está em aberto até hoje, depois que certas pessoas importantes foram ouvidas?”, afirmou.
Bolsonaro também defendeu a anistia às pessoas envolvidas nos atos de depredação, de 8/1, em Brasíla (DF).
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