MP do Trabalho abre inquérito civil sobre denúncias de assédio contra ex-presidente da Caixa
A Caixa tem 10 dias para juntar ao inquérito cópia dos PADs decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 contra Pedro Guimarães
O procurador Paulo Neto, do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Distrito Federal, decidiu transformar em inquérito civil a investigação preliminar aberta contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, pelas possíveis práticas de assédios sexual e moral. As informações são do portal Metrópoles.
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Com o inquérito civil, as investigações prosseguem e podem, posteriormente, resultar na proposição de ações do MP na Justiça.
O MPT tinha aberto uma apuração preliminar no fim de junho, após denúncias publicadas na imprensa contra o então presidente da Caixa. As denúncias foram publicadas pelo site Metrópoles, no dia 28 de junho, e confirmadas pela TV Globo.
No despacho, cujo teor foi obtido pelo Metrópoles, o procurador considera que a denúncia, em princípio, “configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores”. A decisão é desta terça-feira (26).
O MPT também concedeu 10 dias para a Caixa Econômica Federal juntar ao inquérito cópia integral dos procedimentos administrativos decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 no canal interno contra Pedro Guimarães. Até então, a apuração preliminar era feita no âmbito de uma notícia de fato. Agora, a investigação vai ser aprofundada.
As mulheres denunciam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação que está em andamento, sob sigilo, no MPF. Após repercussão do caso, o Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu um processo para apurar as denúncias.
(*Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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