Moro diz que só vai concorrer às eleições 2022 para vencer Lula e Bolsonaro
Ex-ministro também disse duvidar que seus rivais queiram debater com ele
O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) disse que só vai concorrer às eleições de 2022 porque não tem nenhum candidato competitivo de centro capaz de vencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do portal Poder 360.
Moro, que é pré-candidato à Presidência da República, deu a declaração na segunda-feira (13), durante evento on-line organizado pelo grupo Derrubando Muros, que reúne economistas, empresários e intelectuais de centro.
Segundo o ex-juiz, enquanto Bolsonaro “flerta com o autoritarismo” em um “projeto pessoal e familiar de poder”, Lula foi o protagonista dos “dois maiores escândalos de corrupção da história”.
“Se tivesse um candidato competitivo de centro contra os 2, eu provavelmente ficaria no setor privado”, afirmou Moro, justificando sua candidatura.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro também disse duvidar que seus rivais queiram debater com ele. “Tem que ver se vai ter debate. Eu me disponho a ir, mas tenho dúvidas se o ex e o atual presidente vão se dispor a ir nessa arena.”
Sobre sua atuação enquanto juiz da Lava Jato e ministro, Moro afirmou ter tomado decisões difíceis, mas disse que irá defendê-las. “Algumas pessoas são críticas em relação a algumas decisões que eu tomei, mas tenho tranquilidade, tanto no caso da Lava Jato como no governo.”
Em 10 de novembro, Sérgio Moro filiou-se ao Podemos e se lançou como pré-candidato ao Planalto para as eleições de 2022. O evento de filiação reuniu cerca de 400 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O Podemos chama a entrada de Moro no partido de “novo capítulo” na política brasileira.
De acordo com Moro, os pilares da proposta que está desenvolvendo envolvem o fim da polarização, a erradicação da pobreza, a defesa do livre mercado, privatizações, liberdade de imprensa, reformas, educação e combate à corrupção.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA