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Major da PM, Flávio Silvestre Alencar, é preso por atos antidemocráticos

Em grupo de conversa de militares ele disse: "Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso"

O Liberal
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A Operação Lesa Pátria deslanchada, na segunda-feira (22), prendeu o major da PM, Flávio Silvestre Alencar, nesta terça-feira (23). No dia 8 de janeiro, ele foi flagrado dando ordens para tropa de policiais recuar da grade de contenção que impedia os bolsonaristas de avançarem até o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

A polícia também descobriu que o major da Polícia Militar disse em um grupo de conversas de militares que "na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso".

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Terminou após duas horas e trinta minutos na sede da Polícia Federal, em Brasília, o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cerca de 60 perguntas foram feitas a Bolsonaro e todas respondidas.

A mensagem foi enviada em 20 de dezembro, antes dos ataques terroristas do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes da República foram depredadas.

As mensagens foram encontradas no celular de outro policial, o tenente Rafael Pereira Martins, que havia sido preso em fevereiro, na 5ª etapa da investigação. À época, Flávio também foi detido pelos investigadores. 

A conversa ocorreu em um grupo chamado "Oficiais PMDF". Na troca de mensagens, os policiais comentavam sobre possíveis manifestações em Brasília. Foi nesta ocasião em que o militar insinuou a invasão ao Congresso Nacional. No fim do texto, ele enviou "kkk".

No dia dos ataques, o militar comandava o 6° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, cobrindo férias do titular

PM diz que não vai comentar o caso

A mensagem justificou a prisão do militar nesta terça. Em nota, a Polícia Militar disse que não vai comentar o caso. Em 8 de janeiro passado, Flávio foi flagrado, por uma câmera de segurança, em um carro da corporação que escolta outros veículos para longe da grade de contenção que impedia os bolsonaristas de avançar até o prédio do Supremo Tribunal Federal.

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Flávio já havia sido preso em fevereiro, na quinta fase da operação. De acordo com a Polícia Federal, o major aparece em imagens feitas pela Polícia Judicial do STF. O vídeo mostra quando ele desceu do carro, se dirigiu à Tropa de Choque e sinalizou para que os policiais deixassem o local.

Imediatamente, os militares entraram nos carros e começaram a deixar o local. Cerca de dez minutos depois, os golpistas avançaram em direção ao Supremo, sem resistência.

Mais sobre a investigação

Nesta terça, além de prender Flávio, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão e apreenderam duas armas com ele: uma funcional e outra que ele adquiriu em 18 de maio. Os mandados foram expedidos pelo STF.

Um policial aposentado também foi alvo de buscas. Os investigadores apreenderam duas armas ilegais com ele. De acordo com a corporação, o objetivo dessa fase da investigação é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os ataques na capital.

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Os julgamentos estão sendo feitos por partes devido ao grande número de denunciados pela PGR. No total, são 1.390.

Confira os crimes atribuídos aos fatos 

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de:

  1. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; 
  2. Golpe de Estado; 
  3. Dano qualificado; 
  4. Associação criminosa; 
  5. Incitação ao crime; 
  6. Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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