Lula dá entrevista após funeral do Papa Francisco no Vaticano
O presidente elogiou legado humanitário do papa e defendeu negociações de paz para os conflitos internacionais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista após o encerramento da cerimônia de funeral do Papa Francisco. De acordo com o petista, o mundo perdeu um homem de Deus, profundamente comprometido com as causas humanitárias.
“Primeiro, eu acho que nós perdemos o líder religioso mais importante deste primeiro quarto do século XXI. O Papa Francisco não era apenas um papa, ele era uma emoção, ele era um coração, ele era um líder político. Ele se preocupava não apenas com a espiritualidade das pessoas, mas também com a guerra na Ucrânia, com a guerra em Gaza, com a fome, com tudo aquilo que aflige o povo no mundo inteiro”, afirmou Lula.
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O presidente também agradeceu à comitiva brasileira que o acompanhou durante o funeral no Vaticano.
“Acho que a nossa vinda aqui é um agradecimento. Um agradecimento a Deus, sabe, que permitiu que a gente pudesse acompanhar a partida de um dos homens que marcou a história neste século XXI. Eu fico agradecido que o presidente do Senado tenha vindo comigo, o nosso querido presidente da Câmara, os nossos deputados, a minha mulher, a Janja, os ministros Lewandowski, Paulo Teixeira, Macaé... Ou seja, as pessoas no Brasil tinham um apreço muito grande pelo Papa Francisco — pelo seu comportamento como homem e como religioso.”
Durante a entrevista, Lula também foi questionado sobre a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Segundo o presidente brasileiro, é urgente buscar uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Eu não sei o que eles conversaram, eu não posso intuir a conversa. Veja, eu acho que o importante é que se converse, para ver se se encontra uma saída para essa guerra, que está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz. E o Brasil continua teimando que a solução é fazer com que os dois sentem à mesa de negociação e encontrem uma saída. Não só para Ucrânia e Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, declarou.
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