Saiba o patrimônio de Fernando Collor, preso por corrupção na última sexta (25)
Em 2022, o ex-presidente declarou R$ 6,2 milhões em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O patrimônio de Fernando Collor voltou ao centro das atenções desde sua prisão, por volta das 4h da manhã de sexta-feira (25). Nas eleições de 2022, quando disputou o governo de Alagoas e saiu derrotado. Na ocasião, o ex-presidente declarou R$ 6,2 milhões em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre eles, destaca-se por exemplo uma mansão de 9,7 mil metros quadrados localizada em Campos do Jordão (SP), região nobre cercada por área verde no Parque Pedra do Baú.
A residência, apontada na declaração ao TSE com valor de R$ 4,08 milhões, já teve avaliação deR$ 10,5 milhões. A propriedade conta com sete suítes, salão de jogos, adega e outras instalações luxuosas. O imóvel, aliás, acabou penhorado pela Justiça do Trabalho de Alagoas, em outubro de 2024, no contexto de uma ação movida por um ex-funcionário de uma empresa de comunicação ligada a Collor.
Além da penhora judicial, a mansão acumulava débitos no valor de R$ 142 mil em tributos municipais, incluindo IPTU bem como taxas de coleta de lixo, não pagos à Prefeitura de Campos do Jordão. No início de 2025, a Justiça suspendeu a penhora após o ex-presidente formalizar o parcelamento da dívida em âmbito administrativo.
Além do imóvel, a lista de bens de Collor inclui itens de ostentação da época em que ocupava a Presidência, como lancha, jet ski e títulos em clubes da elite carioca, entre eles o Jockey Club Brasileiro e o Country Club do Rio de Janeiro.
Entenda
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso pela Polícia Federal, na última sexta-feira (25). Ele estava no Aeroporto de Maceió. Após ser detido, Collor participou de uma audiência de custódia, onde solicitou permanecer preso na capital alagoana.
O pedido acabou aceito, e desse modo ele seguiu da superintendência da PF para o presídio Baldomero Cavalcanti e Oliveira, onde ocupa uma cela individual.
A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele condenou o ex-presidente a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O caso se originou a partir da operação Lava Jato. A ação apontou que Collor utilizou sua influência política sobre a BR Distribuidora para favorecer empresas privadas em contratos fraudulentos. Em troca, segundo o processo, ele teria recebido R$ 20 milhões em propina.
O STF ainda analisa a solicitação de prisão domiciliar. No plenário virtual, quatro ministros votaram pela manutenção da pena. Contudo, por solicitação de Gilmar Mendes, o caso seguirá para o plenário físico. A nova data do julgamento, contudo, ainda não tem definição.
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