Havan é condenada a indenizar funcionária induzida por Hang a votar em Bolsonaro
Auxiliar de vendas que denunciou a empresa deve receber R$ 30 mil
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª condenou, nesta terça-feira (17) a empresa Havan a pagar uma indenização de R$ 30 mil por assédio moral contra uma funcionária que relata ter sofrido perseguição por parte de um superior. Segundo a mulher, o chefe fazia comentários e provocações e chegou a agredi-la com arranhões. No processo contra a empresa, a auxiliar de vendas afirma também ter sido demitida após fazer um boletim de ocorrência. A sentença cita ainda que o dono da rede de lojas, Luciano Hang, induziu os empregados da rede a votarem em Jair Bolsonaro, em vídeo publicado no ano de 2018. As informações são do portal O Globo.
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De acordo com a decisão assinada pela juíza Ivani Contini Bramante, Hang dirigiu-se diretamente a seus funcionários, com o objetivo de induzi-los a votar em seu candidato, “eis que, do contrário, suas lojas seriam fechadas e todos perderiam seus empregos, conduta essa ilegal e inadmissível, à medida que afronta a liberdade de voto e assedia moralmente seus funcionários com ameaças de demissão", escreveu a magistrada.
"O modo de agir da empresa, conforme descrito pelas testemunhas e pela mídia juntada, implica em prática de ato ilícito pela ré, que atingiu a honra da reclamante; a ofensa causou dano moral que deve ser objeto de reparação", completou.
Os advogados da Havan sustentaram que a acusadora não conseguiu comprovar as perseguições, que não havia provas de dano moral indenizável, e que as lives realizadas por Luciano Hang "ocorriam de maneira aleatória e não havia obrigatoriedade em assisti-las ou em votar em seu candidato à Presidência". Porém, os argumentos não foram acatados pela magistrada.
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