Greve do INSS continua e paraenses reclamam de atendimento; saiba o que fazer

Paralisação dos servidores pede mais funcionários e melhor estrutura de trabalho no instituto

O Liberal
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Após mais de dois meses, a greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) segue em todo o Brasil, bem como a necessidade dos cidadãos de buscarem os serviços da instituição para resolverem problemas relacionados à aposentadoria e pensões.

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A administradora Núbia Diniz conta que já levou a mãe diversas vezes à agência localizada no bairro da Pedreira.

"Ela está há três meses sem receber [a aposentadoria]. Daí entrou em greve, ficou em análise e foi cortado. Soubemos pelo aplicativo. Já estivemos aqui outras vezes e não recebemos absolutamente nada. Dizem que ela tinha que ter renovado o cadastro e a prova de vida, mas ela fez tudo isso e até agora não resolveram nada. Comprometeu bastante a renda já que ela depende deste salário para comprar remédio, pois é uma idosa. O atendimento está horrível e é um desrespeito total, pessoal idosas torrando no sol. É precário", lamenta.

Já Sônia da Paixão conta que estava há mais de uma hora na fila que se formou do lado de fora da agência na manhã desta segunda-feira (9). Para ela, a greve não deveria prejudicar tanto os aposentados e pensionistas.

"A gente não tem uma orientação ou ajuda. A greve acabou piorando tudo. Não era para acontecer isso nesse tempo de problemas da pandemia, né? A gente fica aqui fora amontoado até deixarem a gente entrar.

Clóvis Júnior conta que já estava desanimado com o tamanho da fila. "Já fui no Centro de Referência da Assistência Social pegar os documentos para vir com tudo pronto porque meu benefício foi bloqueado e eu tenho deficiência. Só soube quando fui ao banco. Até agora não fui atendido. É uma sacanagem", reclama.

Dificuldades antes da greve

Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Pará, Ana Lúcia Ribeiro, a dificuldade e lentidão nos atendimentos já ocorriam antes da greve ser deflagrada, pois o corpo de servidores não é mais capaz de absorver a demanda atual da população.

"Seguimos em negociação com o governo por conta da precarização que enfrentamos, tanto de pessoal quanto de estrutura e maquinário. Nem chegamos no ponto do salário ainda. Mas a gente acredita que até o dia 13, que é o dia de fechamento da folha, teremos uma posição", diz.

Procurado pela reportagem, o INSS não respondeu até o fechamento desta edição. 

INSS recomenda o reagendamento de perícias durante greve

Veja como fazer:

  1. Acesse o site ou o aplicativo meu.inss.gov.br
  2. Informe CPF e senha, caso já tenha uma cadastrada
  3. Clique na aba "Serviços"
  4. Na aba “Benefícios”, clique em “Auxílio-doença”
  5. Clique em “Perícia” e depois escolha “Remarcar perícia”
  6. Informe o número de documento
  7. Acesse “Reagendar atendimento”
  8. Anote as orientações ou faça um print da tela

É possível também realizar o atendimento pelo número 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

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