Governo quer, ao menos, um resort com cassino em cada estado, diz ministro Celso Sabino
Sabino defende votação do projeto de lei dos Jogos de Azar logo após volta do recesso do Senado
Nesta segunda-feira (15.07), o ministro do Turismo, Celso Sabino, defensor da aprovação do projeto de lei (PL) que legaliza os jogos de azar, afirmou, em entrevista ao vivo para a CNN, que o governo trabalha com a expectativa de haver um resort integrado por estado.
Celso Sabino afirmou que, uma vez sancionada a proposta legislativa, o governo vai aprovar estabelecimentos com esse perfil. “Apenas um empreendimento vai mobilizar mais de R$ 1 bilhão para sua implantação. Nós pretendemos ter pelo menos um (resort integrado) em cada estado da federação”.
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“Haverá estados que poderão ter mais de um, dado o seu tamanho territorial e população”, acrescentou o ministro. Os resorts integrados, segundo Sabino, permitirão que o Brasil “seja igual aos outros países do mundo que já permitem a exploração” de jogos de azar, como Estados Unidos, Uruguai, Paraguai e Argentina, que recebem brasileiros em busca da atividade.
Resort integrado
O ministro do Turismo foi categórico ao fazer a distinção para os empreendimentos a serem criados.
“A aprovação desse projeto não vai permitir que qualquer pessoa entre em qualquer bodega e passe a fazer jogos de azar. Só dentro daquele lugar (resort integrado) e dentro de uma área específica daquele local que vai poder ter jogo de roleta, jogo de baralho, jogo de dados”, disse ele.
O projeto de lei dos Jogos de Azar foi aprovado pela Câmara dos Deputados, ainda, no primeiro semestre do ano de 2022, e, agora, tramita no Senado Federal. A discussão sobre a legalização de cassinos é antiga no País, data de mais de 30 anos.
A proposta encaminhada para o Senado prevê, além de cassinos em resorts e hotéis de alto padrão, a legalização do jogo do bicho e de apostas em corridas de cavalo fora de hipódromos.
Tramitação no Congresso
Em junho deste ano, a proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Agora, restam a votação no plenário da Casa, e, posteriormente, a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já declarou que a votação deve ocorrer após o recesso parlamentar, que vai de 17 de julho a 1º de agosto. Para Sabino, o projeto deve ir a plenário “nas primeiras semanas de agosto”.
“Fizemos um projeto bem amarrado, que conseguiu vencer as barreiras da Câmara. Imagino que os senadores da República terão também esse compromisso”, afirmou.
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