França tem novos protestos contra reforma da previdência do governo de Macron
Entre as medidas, há o aumento de dois anos na idade de aposentadoria, para 64 anos
Este sábado (11), é o sétimo dia de manifestações na França contra a proposta de reforma da previdência do governo do presidente Emmanuel Macron. Há greves em andamento que afetam refinarias, transporte público e a coleta de lixo.
Manifestantes são vistos com faixas com a frase "não à reforma". Os protestos têm a força de uma coalizão de sindicatos franceses que esperam manter a pressão sobre o governo para que ele desista da proposta de reforma, cuja principal medida é uma extensão de dois anos na idade de aposentadoria, para 64 anos.
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O Ministério do Interior informou que a expectativa é que até 1 milhão de pessoas participem de mais de 200 atos pelo país, enquanto o Senado continua a analisar a reforma.
Uma potencial votação sobre o texto é esperada para este domingo (12), à noite.
Protestos
Os atos começaram às 10h (horário local) nas ruas das principais cidades, incluindo Toulouse e Nice. Uma marcha em Paris estava programada para às 14h.
Na última terça-feira (7), 1,2 milhão de pessoas saiu às ruas em manifestações, na maior adesão desde o início dos protestos, de acordo com números do governo. Os sindicatos estimaram um total em 3,5 milhões de pessoas.
De acordo com as pesquisas de opinião, a maioria dos eleitores se opõe ao plano de Macron, enquanto uma apertada maioria apoia as greves.
Um porta-voz da petrolífera TotalEnergies disse à Reuters que as greves continuam nas refinarias e depósitos da empresa no país, enquanto que a operadora pública de ferrovias SNCF disse que os serviços nacionais e regionais permaneceriam em sua maioria interrompidos durante o fim de semana.
Em Paris, o lixo continua a se amontoar nas ruas, com os moradores mencionando uma presença crescente de ratos, de acordo com a mídia local. Um dia adicional de greves e protestos em todo o país está previsto para 15 de março.
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