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Empreendedores aproveitam as férias para faturar no Atalaia, em Salinas

Carrinhos vão de um lado a outro oferecendo diferentes produtos para conquistar os veranistas

Maycon Marte
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No embalo das férias de julho, empreendedores aproveitam o fluxo intenso de veranistas na praia do Atalaia, em Salinas, para comercializar uma diversidade de produtos que vão desde equipamentos de nado até opções de vestuário. O paraibano de 46 anos, José Alexandre Araújo, trabalha com vendas desde os 12 anos de idade e veio pela primeira vez ao Pará, para transformar a alta demanda em negócio. Ele aposta na venda de artigos de cama, mesa e banho, e aponta um faturamento diário, nesse período do ano, no entorno de R$ 1.100.

“Através dos meus colegas que já conhecem aqui foi que eu vim e estou gostando”, relatou o vendedor que veio vender pela primeira vez em Salinas. Alex, como prefere ser chamado, vende em outras épocas do ano em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina, ponto turístico muito procurado por banhistas. O vendedor percorre a praia todos os dias anunciando seus produtos em parceria com um amigo, os dois cobrem o máximo possível de áreas da praia e dividem os lucros no fim.

Quando questionado sobre o porquê de comercializar artigos de cama mesa e banho na praia, respondeu que a veia empreendedora está no seu sangue há gerações e o importante é aproveitar as oportunidades. Ele afirma que em Brejo do Cruz, sua cidade natal, no estado da Paraíba, é comum que uma boa parte das pessoas recorram ao comércio por sobrevivência, acompanhando sempre a relação de oferta e demanda. “Quem não é fabricante é vendedor e ganha o mundo para sobreviver com esse tipo de mercadoria”, explica.

Oferta e demanda

Além do paraibano, outros empreendedores seguem o ritmo das férias para oferecer produtos úteis nesse período. É o caso do comerciante paraense, Josias Soares dos Santos, que trabalha há 10 anos na praia, se adaptando a oferta e demanda. No seu caso, além de apostar em bóias, piscinas infláveis e pistolas de água, ainda afirma que mesmo esses produtos mudam a cada ano, sempre tendo como base o que mais vendeu no ano anterior. Neste ano, por exemplo, Santos destaca que os produtos mais procurados estão sendo a piscina, a boia e o copo térmico.

Os seus produtos custam de R$ 15 a R$ 95, sendo a piscina inflável o mais caro deles, esses valores variam de acordo com a qualidade, tamanho e marca. Ele afirma que fatura em média R$ 3.000 a R$ 3.500 durante as férias, mas, em alguns casos, “quando as vendas são melhores”, já conseguiu alcançar até R$ 5.000. Santos afirma que esse movimento se repete em outras épocas do ano e mantém a estratégia de vender apenas o que salta aos olhos do freguês.

Outro produto bastante comum de se ver pelas praias são os chapéus, para atender a necessidade de se proteger do sol. De olho nessa demanda, Ronaldo Ribeiro, vendedor há pelo menos 8 anos na praia do Atalaia, conta que também se organiza a partir da sua experiência com os outros anos, tanto na quantidade de mercadoria que vai adquirir por período, quanto na sua estimativa de vendas. “Eu tenho mais ou menos uma base daquilo que a gente faz, do que vende e de quanto comprar. Por dia eu vendo uns cinquenta ou cem”, explica.

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Alimentação também é aposta

A empreendedora de Belém, Suelen Lago, 42, já era uma frequentadora de Salinas e dessa vez resolveu levar seu trabalho até a praia como uma estratégia de divulgação. Ela explica que essa é a primeira vez que adotou o novo cenário para empreender e assim como os demais, também se preparou para um público de veranistas intenso nesse período, entretanto, se surpreendeu com uma lotação de pessoas inferior a dos anos anteriores.

“Não foi o que eu esperava, mas eu também senti que esse ano Salinas não estava como nos outros anos. Como somos frequentadores mesmo, percebi que Salinas estava bem menos movimentado do que nos anos anteriores e talvez seja isso que eu tenha sentido tanto, mas no geral foi bom como experiência de venda”, relata.

Com esse primeiro teste, sua expectativa é compreender como a venda do seu nicho de produtos se comporta com o público, mas, também impulsionar a divulgação do seu trabalho na capital, onde já possui um ponto fixo. Segundo ela, os nomes de docerias em Belém já estão consolidados e os clientes não costumam desbravar novos empreendimentos. Para furar a bolha, ela resolveu também sair da sua zona de conforto.

“A gente colocou para vender na praia para ver como iria ficar até mesmo por uma questão de divulgação para as pessoas já conhecerem mais, porque, como a gente sabe, Belém é muito centralizada, então eles são muito do que eles já conhecem e não procuram experimentar coisas novas”, afirma Suelen.

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