Em depoimento à PF, Torres diz que empregada colocou 'minuta do golpe' em estante
O ex-secretário de Segurança do DF afirmou que desconhece autor do documento e que o considera descartável
Ouvido pela Polícia Federal nesta quinta-feira (2), o ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, disse desconhecer quem produziu a “minuta do golpe” e que não levou o documento ao “conhecimento de Bolsonaro”. Afirmou, também, que considerou o texto do decreto “totalmente descartável” e “sem viabilidade jurídica”. Sobre a cessão de seu celular, ele declarou que perdeu o aparelho durante a viagem aos Estados Unidos, no início do ano.
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Após dez horas de depoimento, Torres alegou que não foi ele quem colocou a pasta com o documento na estante de sua casa e que isso deve ter sido feito por uma funcionária sua. De acordo com ex-ministro, o envelope foi recebido em seu gabinete, no Palácio da Justiça, e colocado por sua assessora junto a pastas com sua agenda e outros documentos que costumava levar para "analisar" em casa por conta do volume de trabalho, retornando os que eram importantes para o ministério.
Torres alegou que “não é porque foi encontrado na estante de sua casa que o documento teria importância” e que “já era para ter sido descartado”. Sobre os atos de 8 de janeiro, disse que não houve falhas na atuação da Secretaria de Segurança Pública do DF, da qual era o titular na ocasião. Segundo Torres, cabia à pasta fazer o plano de proteção da área e que a falha teria ocorrido no âmbito operacional.
Torres disse ainda que Ibaneis Rocha, governador afastado do DF, sabia de sua viagem de férias aos Estados Unidos, assim como a segunda pessoa na ordem hierárquica na Secretaria de Segurança Pública do DF, Fernando Sousa Oliveira, que o substituiu na sua ausência.
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