Em Belém, presidente Bolsonaro participa das comemorações pelos 108 anos da Assembleia de Deus

Na ocasião, também foi entregue ao presidente o título honorífico de Cidadão do Pará

Redação Integrada
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O presidente Jair Bolsonaro manifestou apoio ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, em pronunciamento feito nesta quinta-feira, 13, na solenidade de comemoração dos 108 anos da Assembleia de Deus. O evento foi realizado no Centenário Centro de Convenções, na avenida Augusto Montenegro, e mobilizou cerca de 12.500 fiéis, de acordo com a comissão organizadora.

Durante a solenidade, Bolsonaro recebeu o título de Cidadão de Belém das mãos do prefeito Zenaldo Coutinho. A honraria foi aprovada pelos vereadores da Câmara Municipal de Belém (CMB) na última terça-feira, 11. Na mesma data, os deputados estaduais, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), também aprovaram o título honorífico de Cidadão do Pará. O governador Helder Barbalho, no entanto, não repetiu o gesto de Zenaldo Coutinho, contemplando em seu discurso apenas a importância da Assembleia de Deus; as parcerias entre Prefeitura, Governo do Pará e do Governo Federal e agradecendo aos eleitores evangélicos que o escolheram na eleição do ano passado.

A programação, que seguiu o tema “Um exército de irmãos abençoando a nação”, escolhido para o aniversário deste ano, começou às 20h30 com apresentações teatrais que contaram a história da Igreja, fundada em Belém há 108 anos pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. 

Atualmente, a Assembleia de Deus é a maior igreja pentecostal do Brasil, de acordo com o Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Pará, a igreja conta com mais de 700 mil pessoas, e em Belém, possui 550 templos e cerca de 150 mil membros, correspondendo a 12% da população da capital paraense.

O pastor Samuel Câmara, líder da Assembleia de Deus em Belém, iniciou os pronunciamentos da cerimônia oficial agradecendo a presença das autoridades, tanto magistrados quanto deputados e vereadores. No meio do palco do Centenário, no centro dos holofotes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado de autoridades estaduais e municipais, recebia aplausos e gritos dos fiéis a cada menção de seu nome.

Ao lado dos políticos e lideranças evangélicas, e diante do público religioso, Bolsonaro aproveitou um coro da plateia, que repetia o nome do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para lembrar que acompanhou o ex-juiz em dois eventos públicos nos últimos dias. O presidente afirmou que prefere comunicar seus posicionamentos por meio de gestos do que por palavras. "Tive a oportunidade de escolher o melhor time de ministros possível. Eles estão prontos para atender a todos. Um deles é Sérgio Moro, que abriu mão de 22 anos de magistratura para assumir o Ministério da Justiça. Vazaram gravações ilegais de seus companheiros. A imprensa queria que eu desse uma declaração. Mas acredito que gestos valem mais que mil palavras", disse o presidente.

O presidente narrou em seguida que foi ao lado do ministro no jogo do Flamengo, em Brasília, e em um evento em homenagem à Batalha de Riachuelo, da Marinha do Brasil. O público aprovou o pronunciamento aos gritos de "mito" e de "Moro".

Em seu discurso, o presidente também citou a decisão do Supremo tribunal Federal (STF) de criminalizar a homofobia. "Em uma celebração em outra Igreja eu falei, com todo respeito, que o Supremo Tribunal Federal  precisava de um ministro evangélico. O assunto era tipificar a homofobia como se racismo fosse. A reação  (dos fiéis) foi a mesma. O estado é laico, mas eu e vocês somos cristãos. Respeitamos as minorias, mas o Brasil é cristão", disse Bolsonaro, que foi ovacionado nesse momento.

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