Decreto de Trump suspende projeto de agência que atua em áreas protegidas da Amazônia
Ajuda a países estrangeiros foi suspensa temporariamente
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que suspende temporariamente a ajuda a países estrangeiros. A medida interfere na execução de atividades do Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, que é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS, na sigla em inglês), em parceria com o Ibama, desde 2021 e forma brigadistas e atua na Amazônia.
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil era financiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). O órgão, que virou alvo de ataques de Donald Trump, presta ajuda humanitária em mais de 100 países.
No Brasil, a agência prioriza iniciativas de conservação da biodiversidade, redução do desmatamento e o combate aos crimes ambientais nas áreas protegidas da Amazônia, incluindo as terras indígenas.
A paralisação das atividades foi determinada no dia 20 de janeiro, após Trump decretar 90 dias de suspensão em todos os projetos que destinavam recursos para países estrangeiros.
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O primeiro acordo entre o Ibama e a USFS foi firmado em 1999, segundo o órgão brasileiro. O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Fogo no Brasil foi lançado em 2021 e teria duração de cinco anos, se não fossem as medidas recentes do governo americano que tornam o futuro do projeto incerto.
O Ibama informou que a paralisação das atividades “não gera impacto direto no combate ao fogo no Brasil”, mas prejudica aspectos técnicos, devido à “interrupção de algumas ações que poderiam fortalecer e estruturar as instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais”.
O órgão ainda afirmou que as atividades já programadas estão sendo avaliadas pelas instituições federais brasileiras envolvidas no Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios, como o próprio Ibama, o ICMBio e a Funai. Elas “estão sendo mantidas ou remarcadas a critério dessas instituições, sem a participação do Serviço Florestal dos Estados Unidos”, garantiu o Ibama.
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