Câmara realiza sessão especial sobre a morte de Dorothy Stang

Evento foi proposto pelo vereador Fernando Carneiro (PSOL), e aprovado à unanimidade

Keila Ferreira

Na tarde desta terça-feira (11), a partir das 15h, a Câmara Municipal de Belém realiza uma sessão especial com o tema “15 anos do martírio de Irmã Dorothy Stang”, com o objetivo de debater o caso da missionária norte americana de 73 assassinada com seis tiros, no dia 12 de fevereiro de 2005, no município de Anapú, no Pará. O evento foi proposto pelo vereador Fernando Carneiro (PSOL), e aprovado à unanimidade pelos demais membros da Câmara.

Irmã Dorothy, como era conhecida, lutava por um modelo de desenvolvimento sustentável na floresta e defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras reivindicadas por fazendeiros e madeiros da região. A morte da missionária ganhou repercussão internacional e chamou atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária na Amazônia.

O vereador Fernando Carneiro diz que a sessão dessa terça-feira busca fazer uma reflexão para que a sociedade possa pensar se os motivos e as razões que levaram ao assassinado de Dorothy se resolveram ao longo desses quinze anos. “Mas parece que não. O Pará continua sendo o campeão de desmatamento, o campeão de mortes de defensores de direitos humanos no campo e na cidade”, declarou Carneiro.

Segundo o vereador, além do seu mandato, a sessão é uma realização do mandato do deputado federal Edmilson Rodrigues, do mesmo partido, e atende solicitação feita pela Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, da qual Irmã Dorothy pertencia, Comissão Pastoral da Terra e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de outras entidades.

“Infelizmente, as condições, e os motivos que levaram ao assassinato da irmão Dorothy, que foi absolutamente violento, seis tiros numa idosa de mais de 70 anos, uma religiosa sozinha, no meio da mata, são requintes de crueldade... Infelizmente, esses requintes de crueldade se repetem ao longo dos anos, muito também em função da impunidade e das declarações que o próprio presidente e o ministério do ambiente têm feito. Já existem comprovações feitas, inclusive pelo instituto sócioambiental, o ISA, de que os discursos do presidente levam a um aumento do desmatamento. Existe uma correlação direta entre uma coisa e outra”, avalia.  

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