Belém recebe mobilização nacional em defesa de manutenção de recursos do Sesc e Senac

Senado vota amanhã MP 1147/2022 que institui o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), em que é previsto o corte de verba às duas instituições

Daleth Oliveira

Na tarde desta terça-feira (16), uma manifestação contra o corte de 5% da arrecadação do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para transferir à Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) foi realizada na avenida Visconde de Souza Franco, em Belém. Evento fez parte de uma mobilização nacional para pressionar senadores contra trecho da MP 1147/2022 que institui o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), em que é previsto o corte de verba.

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O ato reuniu empresários do comércio, diretores, presidentes de sindicatos associados, alunos e colaboradores da Fecomércio, do Sesc e do Senac. Os municípios de Castanhal, Marabá e Santarém também receberam o evento chamado pelos organizadores de “DIA S”.

A retirada de recursos do Sistema S está presente nos artigos 11 e 12 do relatório aprovado na Câmara (PLV 9/2023), ainda no final de abril. A justificativa, presente no texto, é de que o recurso redirecionado à Embratur será utilizado para custeio e promoção internacional do turismo no Brasil.

Redução dos cursos gratuitos

Para Márcio Takemura, coordenador de relacionamento com o mercado do Senac, o maior impacto será na oferta de cursos gratuitos das instituições. “Esse possível corte vai prejudicar a viabilidade de vários cursos gratuitos, afetando a nossa aprendizagem comercial. Não tendo vagas gratuitas, a população mais carente não consegue se qualificar e se reinserir no mercado de trabalho. Então isso é preocupante”, considerou.

Presente no ato que começou às 16h, o gestor da Força Sindical do ParáFernando Ribeiro, defendeu a retirada dos artigos na MP. “A realização dessa redução de verbas para o Sesc e Senac seria uma catástrofe para nós, trabalhadores. A população será muito prejudicada, principalmente aquelas que estão em busca de um emprego e precisam de uma qualificação. Hoje, sem formação profissional, ninguém tem emprego. Por isso, esses artigos não podem passar”, discursou.

O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac no Pará, Sebastião de Oliveira Campos, ressalta que a mobilização não é contra a MP, mas sim, contra as medidas previstas nos dois artigos.

“Essas entidades vivem dos recursos pagos pelos empresários através da contribuição da guia social. Então, nós estamos aqui hoje pra evitar que esses artigos sejam aprovados dentro desta medida provisória. Não somos contra a MP, mas sim contra os dois artigos que reduzem nossas verbas. Se tivermos a redução de 5%, o setor comercial vai sofrer, escolas e restaurantes podem correr risco de fechar. Não vamos mais conseguir qualificar mão de obra, efetuar eventos e inaugurar novos centros, salas de aulas pelo Estado”, finaliza.

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