Atos pró-governo em Belém criticam Supremo Tribunal Federal
Passeata durou 1h20 e contou com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL)
O ato de 7 de setembro pró-governo em Belém reuniu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Nazaré, em passeata que começou na travessa Dr. Moraes e encerrou na avenida Visconde de Souza Franco.
A concentração iniciou às 8h e a caminhada saiu às 10h. Por volta das 11h20, os manifestantes chegaram ao fim do trajeto e enquanto alguns se dispersaram, outros seguiram reunidos na esquina da rua Antônio Barreto.
Oito carros de som e um trio elétrico conduziram a manifestação, que contou com discursos dos principais aliados de Bolsonaro no estado. A maioria dos participantes afirmava que estava na rua para defender a liberdade de expressão e criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), bem como o Partidos dos Trabalhadores e o comunismo.
Aurélio Bezerra é motorista de transporte por aplicativo e levou a esposa e os dois filhos para o ato. Ele torce para que os atos que ocorreram em todo o Brasil na manhã desta quarta-feira (7) tenham um impacto eleitoral no pleito presidencial de outubro.
"Vim aqui porque vivo preocupado com a liberdade de expressão do nosso povo, que vejo constantemente sendo privada pelo STF e outros mecanismos do nosso país. Você não pode expor sua opinião com medo de ser preso mesmo. E é importante começar a conscientizar meus filhos desde já, para eles se importarem como o nosso país, saber que podem se manifestar pelo o que acham certo ou errado", afirmou.
Já o engenheiro eletricista João Bosco Silva afirma que o ato representa a parte do povo brasileiro que quer a continuidade da gestão de Bolsonaro. "Estou aqui por um Brasil melhor, um futuro melhor para meus filhos e meus netos. Sou contra o comunismo e essa ideologia de gênero e o que eles querem modificar, pois meus ensinamentos foram religiosos, católicos. E nosso presidente defende isso. Isso me faz lutar pelo Brasil. Estamos na luta pelo segundo mandato. Vamos ver se ele acontece", disse.
Quase todos os manifestantes estavam vestidos com as cores verde e amarela e a maioria portava bandeiras do Brasil. Muitos também possuíam cartazes, alguns deles inclusive em inglês, ato incentivado nas redes sociais bolsonaristas para chamar atenção da imprensa internacional.
Diversos deles foram espalhados pelo chão com ajuda da conselheira escolar Angela Castro, que avalia as frases como importantes para que as vozes dos manifestantes sejam ouvidas.
"São pequenas frases, mas muito representativas socialmente. Isso é exercer nosso direito democrático. Foi ideia de alguns amigos que, assim como eu, estão revoltados com tudo o que está acontecendo no Brasil, com a nossa Constituição sendo rasgada", apontou.
De acordo com o coronel Pedro Celso, da Polícia Militar, todos os atos em Belém transcorreram com tranquilidade, sem ocorrências. Segundo ele, o papel das forças policiais era garantir o direito de todos se manifestarem. "Todos estão exercendo seus direitos democráticos de se manifestarem de acordo com sua crença e com o seu entendimento político partidário", relatou.
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