Apreensão de celular de Bolsonaro é 'inconcebível' e pode ameaçar estabilidade do país, diz Heleno
Ministro afirmou ainda que decisão pode ter 'consequências imprevisíveis' para a estabilidade nacional
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, classificou nesta sexta-feira de “inconcebível” o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro em queixa-crime no inquérito que analisa a suposta interferência do presidente na Polícia Federal e afirmou que a decisão sobre ele pode ter “consequências imprevisíveis” para a estabilidade nacional.
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Em nota, o ministro “alerta as autoridades constituídas” que a apreensão seria uma “evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os Poderes" e uma “afronta” ao presidente da República.
A queixa-crime, apresentada por partidos de oposição, foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito. O envio do pedido à PGR para que ela se manifeste a respeito é praxe em investigações.
Nas redes sociais, a fala do ministro foi criticada. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz foi um deles:
@gen_heleno, as instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa. https://t.co/vuC60jd2Hh
— Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj) May 22, 2020
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol) também comentou o assunto:
General Heleno está ameaçando colocar a democracia brasileira no pau de arara. A nota divulgada agora há pouco é criminosa e revela a conspiração golpista que está sendo tramada por esse governo.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) May 22, 2020
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