Alexandre de Moraes nega transferência de Roberto Jefferson para hospital
Ministro diz que pedido 'causa perplexidade', porque há poucas semanas Jefferson não demonstrou fragilidade ao receber agentes da PF com tiros
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes negou, nesta sexta-feira (25), o pedido da defesa do ex-deputado Roberto Jefferson para que ele fosse transferido da prisão para um hospital particular na Barra, no Rio de Janeiro.
Os advogados de Jefferson alegavam que na unidade hospitalar ele poderia receber o tratamento de que necessita "sob pena de agravamento irreversível do seu estado de saúde", o que, segundo eles, poderia "resultar em risco de morte".
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Na decisão, Moraes afirmou que o pedido “causa perplexidade", já que há quatro semanas, em 23 de outubro passado, Jefferson recebeu a tiros agentes da Polícia Federal que foram à casa dele para cumprir mandado de prisão. Ele deu tiros de fuzis e tinha granadas.
Sem sintomas de debilidade
O ministro argumenta que naquela situação o ex-deputado não demonstrou qualquer sintoma de debilidade, conforme apontam agora os advogados. Para Alexandre de Moraes, a documentação juntada nos autos do processo pela defesa de Roberto Jefferson indica que o estabelecimento prisional no qual ele está tem "plena capacidade" de efetivar o tratamento que ele precisa:
"[...] os exames indicados pelo médico particular podem ser realizados no âmbito prisional ou mediante busca de vaga no Serviço Universal de Saúde (SUS), bem como eventual atendimento de emergência [...], diz um trecho da decisão.
Moraes lembrou que em sua prisão anterior, Roberto Jefferson teve a transferência autorizada para o tratamento em hospital particular, mas acabou violando diversas medidas cautelares impostas a ele impostas, como uso de pessoas para divulgação de vídeos em redes sociais e repasse de orientações ao seu partido, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Em 23 de outubro passado, Roberto Jefferson foi preso em flagrante, mesmo dia em que ele atacou os agentes da PF. Dias depois, o ministro Alexandre de Moraes converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, quando não há prazo determinado para a soltura do acusado. Ele está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro.
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