Aldo Rebelo é o convidado da CPI das Ongs: “Ongs obedecem a interesses internacionais”
Rebelo falará aos parlamentares na condição de convidado, atendendo a dois requerimentos apresentados pelos senadores Marcio Bittar (União-AC) e Nelsinho Trad (PSD-MS)
Hoje acontece a nova reunião da comissão parlamentar de inquérito que investiga atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia (CPI das ONGs), possivelmente a última antes do recesso parlamentar. Na primeira parte, às 11h, está prevista a análise de requerimentos. Em seguida, os senadores ouvirão o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo, uma das vozes críticas ao trabalho das organizações na Amazônia.
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Rebelo falará aos parlamentares na condição de convidado, atendendo a dois requerimentos apresentados pelos senadores Marcio Bittar (União-AC) e Nelsinho Trad (PSD-MS). Os parlamentares consideram fundamental o depoimento, lembrando que Aldo exerceu, ao longo de sua trajetória política, importantes cargos e tem conhecimento e experiência em questões relacionadas ao meio ambiente, além de ter sido relator do Código Florestal.
“A expectativa é ajudar. A Amazônia hoje é um palco de disputa entre dois estados: um oficial e um paralelo. O estado oficial é a União e o paralelo são estas organizações que servem interesses internacionais. Em muitos locais da Amazônia são as Ongs que governam em lugar do estado brasileiro. Espero contribuir para que se criem mecanismos de controle, para reduzir o poder dessas Ongs dentro do Brasil”, disse Aldo Rebelo ao Grupo Liberal.
Para o ex-ministro, a comissão não tem poder de transformar a realidade, mas pode contribuir para pressionar o legislativo a criar leis e regras que regulamentem a atividade das organizações. “Eles influenciam ministérios, Ibama, Congresso, tudo. Isso a CPI vai mostrar, mas não tem mais poder do que investigar. Podemos, no máximo, alertar que dois terços do território brasileiro estão em ingerência, governados por instituições que são governadas lá de fora”, disse Aldo.
Requerimentos
Entre os requerimentos a serem votados nesta terça está um de Marcio Bittar que pede à Polícia Federal a disponibilização de um delegado federal para dar apoio técnico investigativo à CPI. Outro requerimento é do senador Dr. Hiran (PP-RR), para convite ao antropólogo francês e fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami, Bruce Albert. E ainda há o requerimento do senador Jaime Bagattoli (PL-RO) para que a comissão ouça o fundador do movimento "Garimpo é legal", Jailson Reis de Mesquita.
A CPI das ONGs foi instalada em 14 de junho e tem como presidente o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor do requerimento para criação da comissão. O relator é o senador Marcio Bittar.
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