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Suspeito de incendiar carro de empresa é morto em confronto com a Rotam no Paar

Segundo denúncia anônima repassada à Polícia Militar, o homem seria o responsável por atear fogo no veículo de uma empresa de internet pela manhã, em uma suposta cobrança de 'taxa do crime'

O Liberal

Um homem que, segundo uma denúncia anônima repassada à Polícia Militar, seria suspeito de incendiar um veículo de uma empresa de internet na manhã desta sexta-feira (17), no bairro do Paar, em Ananindeua, morreu durante confronto com agentes do grupamento de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) na tarde de hoje, numa vila de quitinetes localizada na rua Rio Trombetas, no mesmo bairro.

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Segundo a Polícia Militar, dois homens abordaram o automóvel, anunciaram que a ação se trataria de um assalto, ordenaram que os ocupantes saíssem do carro e depois atearam fogo

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Os dois jovens foram localizados menos de 24 horas após o ataque contra o estabelecimento comercial e, em confronto com policiais, acabaram levando a pior

Segundo o relato dos agentes, Higor Rego Bentes estava escondido em um dos imóveis e, ao perceber a chegada da viatura, teria disparado contra os policiais da Rotam, que reagiram. Ele foi atingido e socorrido pela própria equipe da Rotam, sendo levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Industrial, onde morreu.

Durante a incursão policial, os agentes informaram que foram encontrados entorpecentes na residência onde Bentes estava. O material foi encaminhado à delegacia do Paar para os procedimentos cabíveis. Até o momento, a Polícia Civil não confirmou oficialmente se o suspeito era um dos responsáveis pelo ataque ao veículo da empresa de internet.

O Incêndio

O crime ocorreu na manhã desta sexta-feira, quando dois homens em uma motocicleta abordaram técnicos que realizavam serviços no bairro do Paar. Sem levar nada, os criminosos atearam fogo no carro e fugiram. Ninguém ficou ferido. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve as chamas, mas o veículo foi totalmente destruído.

Moradores apontam que o ataque pode estar relacionado à chamada "taxa do crime", um tipo de extorsão praticado por facções que dominam determinadas regiões. Pequenos e médios comerciantes são os principais alvos dessa cobrança, e quem se recusa a pagar pode sofrer represálias, como depredação de estabelecimentos e incêndios.

Casos semelhantes já foram registrados na Grande Belém, incluindo o incêndio de um caminhão de uma empresa de materiais de construção em setembro de 2024, após a recusa do pagamento da taxa, e o caso dos adolescentes que apedrejaram a vidraça de um estabelecimento cujo dono teria se recusado a pagar o reajuste 2025 da taxa do crime. Os adolescentes morreram, dias depois, em confronto com a polícia. 

A cobrança desse tipo de tributo ilegal tem se tornado frequente em bairros periféricos de Belém, Ananindeua e Marituba, aumentando a insegurança para moradores e comerciantes. Relatos de represálias, agressões e execuções extrajudiciais têm sido frequentes.

A reportagem solicitou um posicionamento da Polícia Civil sobre a investigação do caso e se está relacionado com a atuação das facções na região, e aguarda retorno.

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