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Adolescentes que apedrejaram loja no Guamá são mortos em operação da PM

Os dois jovens foram localizados menos de 24 horas após o ataque contra o estabelecimento comercial e, em confronto com policiais, acabaram levando a pior

O Liberal
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Dois adolescentes, um de 15 e outro de 16 anos, suspeitos de atirar pedras em um estabelecimento comercial localizado na rua Epitácio Pessoa, no Guamá, na última quinta-feira (2), foram mortos na tarde desta sexta-feira (3), durante uma ação do 37º Batalhão de Polícia Militar na rua da Paz, localizada no mesmo bairro e onde os adolescentes residiam.

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image Polícia Civil investiga apedrejamento de loja de bebidas no bairro do Guamá, em Belém
Uma câmera de segurança registrou o crime e o vídeo circulou nas redes sociais

A reportagem do Amazônia acompanhou o caso na rua da Paz após a ação policial. Moradores que testemunharam a chegada dos agentes contaram que cerca de oito viaturas da PM chegaram à rua onde os adolescentes estavam. Um deles foi baleado próximo a uma área de mata ao tentar correr, enquanto que o outro foi apanhado pelos policiais dentro da casa de sua avó, morrendo no local. Segundo os agentes, ambos estavam armados e tentaram trocar tiros com os policiais, que responderam de forma letal.

O outro adolescente, de 15 anos, ainda chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme, mas morreu logo após dar entrada na emergência.

Entenda o caso

O caso do estabelecimento apedrejado ocorreu na tarde de quinta-feira (2), pouco depois das 15h, e foi registrado por câmeras de um circuito de segurança do local. Na gravação, os dois adolescentes, um de regata vermelha e outro de camisa azul e boné, aparecem arremessando pedras contra o estabelecimento, fugindo logo em seguida. A ação criminosa seria um aviso de uma facção que controla a área para o proprietário do local, que se recusou a pagar a ‘taxa do crime’ com reajuste.

A reportagem do Amazônia esteve no estabelecimento e conversou com o proprietário, que concordou em dar entrevista sob a condição de ter a identidade preservada. Ele declarou que vinha pagando a chamada "taxa do crime" há cerca de seis anos, mas, nos últimos meses, houve um desacordo em relação ao valor cobrado e o empresário decidiu então suspender o pagamento, o que teria resultado no episódio de apedrejamento da loja de bebidas.

O prédio que abriga o depósito tem dois pisos. As pedras lançadas contra o prédio quebraram uma das vidraças do piso de cima. O ataque aconteceu em um horário em que o estabelecimento estava funcionando. A vidraça foi substituída provisoriamente por um plástico.

Apesar do proprietário da loja não ter feito boletim de ocorrência, a Seccional do Guamá tomou conhecimento do crime e deu início à investigação do caso na tentativa de identificar os envolvidos. Até então a polícia tratava a situação como crime de dano, que consiste em “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”, no entanto, após os relatos do comerciante, o crime provavelmente está ligado à facções criminosas que operam extorquindo comerciantes, crime cada vez mais praticado, principalmente no subúrbio da capital paraense.

Diante dos novos fatos relatados pelos moradores da rua onde os adolescentes morreram, a reportagem do Amazônia solicitou às polícias Civil e Militar informações sobre a operação desta sexta-feira que resultou na morte dos suspeitos e aguarda retorno.

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