Quem são os paraenses presos em Portugal por tráfico internacional de drogas
O quarto paraense envolvido no esquema foi detido no último sábado (8) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, usando documentação falsa
A operação que investiga um esquema internacional de tráfico de drogas que tem como ponto de partida o porto de Barcarena, no Pará, resultou na prisão de três paraenses em Portugal. Eles são suspeitos de envolvimento na apreensão de 320 quilos de cocaína escondidos em uma carga de açaí que chegou ao País no mês de junho.
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Os dois primeiros a serem detidos foram Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, e Nilson de Souza Castro Neto, conhecido como “Nilsinho”. Nas redes sociais, “Nilsinho” se descrevia como nutricionista e ostentava uma vida de luxo e viagens. Na última postagem, feita em 23 de junho deste ano, semana em que foi preso, ele aparece em uma festa ao lado de amigos com a seguinte legenda: “A última pra fechar com os melhores”.
Ambos foram presos ao receberem, em Lisboa, um contêiner que saiu de um porto de Vila do Conde. Dentro do equipamento de transporte, foram encontrados os entorpecentes. Cerca de uma semana depois, as autoridades portuguesas prenderam um terceiro paraense, quando tentava fugir do país rumo ao Brasil: o tenente da Polícia Militar do Pará Aderaldo Pereira de Freitas Neto, mais conhecido como Freitas.
Tenente continua recebendo salário
Passados três meses de sua prisão em Portugal, o tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto continua ligado à corporação e recebe seu salário normalmente. De acordo com dados do Portal da Transparência, o salário base do militar chega a quase R$ 13 mil.
No dia 23 de setembro, o promotor de Justiça Militar Armando Brasil informou que havia requerido a suspensão dos vencimentos do policial militar. Além disso, defendeu que Freitas também já poderia ter sido expulso da corporação. Entretanto, segundo o promotor, a Corregedoria da Polícia Militar deu explicações que justificariam a manutenção do militar ainda nos quadros da instituição, sem dar mais informações por conta do sigilo do processo.
Quarto paraense foi capturado pela PF
No último sábado (8) foi a vez do quarto paraense envolvido no esquema ser preso. De acordo com informações repassadas pelas autoridades federais trata-se de Allan Carvalho Cardoso, 27 anos, proprietário da empresa A.C Cardoso, registrada como exportadora de açaí. Ele foi capturado no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, depois de apresentar documentação falsa ao desembarcar de um voo vindo de Madrid, capital da Espanha. Desde junho, Allan já era apontado como um dos alvos da operação da polícia portuguesa.
Paraenses presos seriam ligados a 'Escobar brasileiro'
De acordo com a polícia lusitana, os suspeitos podem ter envolvimento em um esquema bem maior, comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” e considerado o maior traficante português, e Sérgio Carvalho (o “Major Carvalho”), chamado de “Escobar brasileiro”.
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