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Paraenses completam três meses presos em Portugal por tráfico de drogas

O tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto, da PM do Pará, o empresário Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, foram presos em junho num esquema que pode estar ligado a operações do "Escobar Brasileiro"

O Liberal
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Após três meses, dois paraenses continuam presos em Portugal por suspeita de tráfico internacional de drogas: o tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto, da Polícia Militar do Pará; e o empresário Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, nordeste do Pará. A informação foi confirmada pela Polícia Judiciária de Portugal. Ambos foram presos em junho deste ano, durante a operação "Norte Tropical". Uma carga de cocaína foi apreendida em meio a cargas de açaí, que saiu de um porto da cidade de Barcarena.

A operação "Norte Tropical" é uma grande investigação sobre tráfico internacional de drogas, que pode envolver dois dos maiores traficantes da Europa, como aponta a Polícia Judiciária de Portugal: Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” – tido como o maior traficante português –, e por Sérgio Carvalho – o “Major Carvalho”, também chamado de “Escobar brasileiro”. Ambos também já foram presos em outras grandes operações contra o tráfico internacional de drogas.

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Marco Antônio e Aderaldo estão custodiados no Estabelecimento Prisional de Caxias (EP Caxias), que fica nos arredores de Lisboa. A prisão, em flagrante, também ocorreu na capital portuguesa. O complexo prisional é de alta segurança e atualmente mantém cerca de 400 presos. Outras pessoas, que podem fazer parte do mesmo esquema, também estão sendo investigadas pela Polícia Judiciária de Portugal. As investigações correm em sigilo.

Por nota, previamente divulgada sobre o caso, a Polícia Judiciária de Portugal há "...fortes suspeitas de (os dois presos) integrarem uma organização criminosa que se dedica à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu". Outras pessoas ainda são investigadas.

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Na operação que resultou na prisão de Marco Antônio e de Aderaldo, a Polícia Judiciária de Portugal informou ter apreendido uma quantidade de cocaína que "...seria suficiente para a composição de pelo menos 3.200.000 (três milhões e duzentas mil) doses individuais". Foi a própria polícia portuguesa que confirmou que as drogas estavam numa carga de açaí congelado.

A Polícia Militar do Pará foi acionada para prestar esclarecimentos sobre a situação de Aderaldo, que teve o pedido de expulsão formalizado pela Promotoria de Justiça Militar do Pará. Por meio de nota, a PM respondeu apenas o seguinte: "A Corregedoria da Polícia Militar do Pará está atuando dentro de suas atribuições legais, tendo em vista o sigilo do processo". A Redação Integrada de O Liberal também tenta contato com a defesa do policial e do empresário Marco Antônio.

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