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Polícia Federal investiga desvio de recursos da educação no Pará e mais três estados

A PF está cumprindo 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões. Ação ocorre também no Distrito Federal, Goiás e São Paulo. Um dos mandados de prisão é contra Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.

Victor Furtado

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta (22), a operação policial “Acesso Pago”, que investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação. Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outras medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas. Um dos presos é o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.

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No Pará, apenas um mandado está previsto e seria de prisão, como informou a Assessoria de Comunicação da PF do Pará. Porém, a assessoria não informou qual seria o município. Como o mandado ainda não foi cumprido, até as 14h15 desta quarta, o delegado federal local preferiu não repassar a informação.

"Com base em documentos, depoimentos e relatório final da investigação preliminar sumária da Controladoria-Geral da União (CGU), reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas. As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância. A investigação corre sob sigilo", informa nota da PF.

Como funcionava o esquema entre Milton Ribeiro e grupo de pastores

Ribeiro e um grupo de pastores — que estão entre as outras pessoas presas —, como apontam as investigações, montaram uma espécie de gabinete que articulava a cobrança de propinas (algumas em ouro) para a liberação de recursos do FNDE. Após um áudio vazar, um dos pastores que tinha influência no grupo era Gilmar Santos. Outro identificado foi Arilton Moura.

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O crime de tráfico de influência, explica a PF, tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).

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