Combate à corrupção leva à expulsão de 282 agentes públicos federais em 10 anos no Pará

Dados da Controladoria Geral da União revelam que busca por tirar proveito pessoal e recebimento de propina são as principais acusações de corrupção

Natália Mello
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Números disponibilizados pela Controladoria Geral da União (CGU) na internet revelam que, nos últimos 10 anos, foram expulsos 282 agentes públicos de órgãos federais no Pará – esse total é referente ao período de 2012 a 2021. Na maioria dos casos, as expulsões ocorrem por prática de atos relacionados à corrupção, mas também há índices altos nos processos por falta de frequência no trabalho e até mesmo abandono do cargo. Somente até março de 2022, outros três agentes foram expulsos de seus cargos, 1 por corrupção e outros 2 por abandono e inassiduidade.

Do total somado durante os 10 anos de recorte, 5 desses agentes foram expulsos da Advocacia Geral da União (AGU), 1 da Controladoria Geral da União, 7 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 19 do Ministério da Economia (MinC), 46 do Ministério da Educação (MEC), 2 do Ministério da Infraestrutura (MInfra), 4 do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), 3 do Ministério da Saúde (MS), 2 do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), 16 do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e 1 do Ministério do Trabalho (MTE).

O ano de 2014 foi o que mais registrou expulsões do período analisado (56), sendo 30 servidores públicos, 26 empregados públicos. Já o maior índice de expulsões desse recorte somente de servidores públicos foi em 2019, com 38 funcionários federais expulsos.

No Pará, expulsão por corrupção é maioria

De acordo com nota da CGU, que detém os dados gerais sobre esses processos, no Pará, de 2018 a 2022, por exemplo, o principal motivo das expulsões de servidores públicos federais – corrupção – resultou em 73 penalidades aplicadas, ou seja, 66,36% do total. Já o abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos, são fundamentos de sanções expulsivas que vêm em seguida, com 32 casos (29,09%). As outras razões que mais afastaram servidores são proceder de forma desidiosa/negligência (2); e casos enquadrados como “Outros”, totalizaram 3 punições.

“Entre os atos relacionados à corrupção estão: valimento do cargo para lograr proveito pessoal; recebimento de propina ou vantagens indevidas; utilização de recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; improbidade administrativa; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional”, informou a CGU, em nota.

No período desses quase cinco anos analisados, a CGU informou que o combate à impunidade no Poder Executivo Federal resultou na punição de 110 agentes públicos por atividades contrárias à Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores). Desse total, 73 foram por corrupção (66,36%) e 32 por abandono ou inassiduidade (29,9%). “Como resultado das determinações legais, após o desenrolar dos processos, a Controladoria chegou ao número de 100 demissões de funcionários efetivos, 5 cassações de aposentadorias e 5 destituições de ocupantes de cargos em comissão”, concluiu, nos dados enviados à reportagem do Grupo Liberal.

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